O assassino pedófilo Édson Alves Delfino, 29, afirmou ao defensor público Alberto Macedo São Pedro que se voltar às ruas vai cometer outros crimes como a violência sexual e a morte por estrangulamento de Kaytto Guilherme Nascimento Pinto, 10, ocorrido no último dia 13. Ele solicitou que a Defensoria não entre com nenhum pedido de liberdade a favor dele e reafirmou ter “taras” por meninos entre 8 e 11 anos e que não gosta de mulheres.
O maníaco ainda pediu para que o defensor ligasse para uma tia e que ela fosse visitá-lo na prisão. Em isolamento desde o sábado (18), quando foi encaminhado para a Penitenciária Central do Estado, ele também solicitou que não seja enviado para uma ala comum do presídio.
O defensor, que afirmou ficar chocado com a reação tranquila do réu ao relatar os fatos, sem que demonstrasse qualquer tipo de sentimento, disse que Édson realmente corre risco de morte. Macedo atendeu outros presos ontem e todos se mostraram muito “indignados” com o crime cometido contra Kaytto.
Premeditado – Ao defensor, Édson ainda relatou que estava “apaixonado” por Kaytto e que há 4 ou 5 dias antes do crime estava tentando a “aproximação” com o menor.
Voltou a relatar os outros 2 crimes cometidos em Primavera do Leste, em 1999. No primeiro crime, violentou e matou um menino de 10 anos. No segundo crime, violentou e roubou um menino de 11 anos. Kaytto foi a terceira vítima que a polícia tem conhecimento. “Ele é bem frio. Não demonstra ser o monstro que é. Aparenta ser uma pessoa boa, tranquila e calma. Eu me choquei muito, apesar de trabalhar na área criminal”.
Por ser um crime hediondo, o defensor afirma que fará apenas uma defesa técnica, para que o processo contra Édson possa ter continuidade e para que a pena possa ser aplicada. Disse que fará o pedido de isolamento. Depois, em relação a uma outra possível progressão de regime, o defensor destaca que ficará sob a responsabilidade de psiquiatras, que devem analisar o comportamento do réu.
Investigação – O defensor Alberto Macedo, que é coordenador do setor de flagrantes, afirmou que será instaurado um procedimento para apurar porque o plantonista não foi até a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na noite de sexta-feira, quando Édson foi preso e prestou depoimento.