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“Máfia da Cobrança” volta com mais força e continua violenta

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A saga da “Máfia da Cobrança” continua. Pelo menos uma pessoa por dia é intimidada por cobradores de fectoring oficial ou de agiotas que emprestam dinheiro a juros ao arrepio da lei. Com medo de morrer ou de levar uma surra com direito à tortura, os devedores se desdobram para pagar. Para escapar de seqüestros e da morte, algumas pessoas chegam a vender ou penhorar suas casas, carros, jóias e até móveis para cumprir os compromissos. Os “mafiosos”, a maioria ex-policial, não perdoam ninguém e não escolhem classe social, perfil econômico, profissão e local para fazer a cobrança, sempre com muita arrogância, humilhação e terror.

A prática da cobrança violenta chegou a diminuir e a ser combatida em Cuiabá e Várzea Grande. Algumas pessoas chegaram a ser presas nos últimos anos e os “mafiosos” deram uma trégua. A trégua acabou e eles estão de volta ainda com muita força. Principal arma dos cobradores é a violência, a intimidação, o medo das vítimas e a vergonha que na maioria das pessoas sente da exposição de seus nomes e até de escândalos. Nenhuma das pessoas entrevistadas aceitou que seu nome fosse divulgado.

Dias atrás, cinco homens em dois carros seqüestraram um comerciante que devia cerca de R$ 8 mil para uma fectoring. A vítima que não tinha como pagar à vista todo o dinheiro que devia foi torturado e por muito pouco não é executado nas matas da Rodovia Mário Andreazza.

“Um deles dizia atira, atira enquanto os outros dois me espancavam. Para não morrer, tive que assinar um documento dando meu carro que vale mais de R$ 40 mil que ficou como garantia da dívida. Não registrei ocorrência porque eles me juraram de morte, eu e minha família, pois eles conhecem e sabem onde estudam um a um dos meus quatro filhos”, conta a vítima.

Fazendo pressão ara receber, muitas vezes os devedores alegam que estão esperando receber um dinheiro alto para ganhar tempo. Um jornalista adotou o mesmo sistema, mas não se deu bem. Três homens o jogaram em um carro e o levaram na casa de uma pessoa que ele indicou como intermediador do dinheiro que estava para receber.

Na semana passada, dois homens foram expulsos da ante-sala de um escritório localizado na Avenida Rubens de Mendonça. Os dois “cobradores” estavam atrás de receber uma dívida, cujo devedor já havia avisado que quando o dinheiro entrasse em sua conta ele avisaria a fectoring. Os três não esperaram, mas esbarraram na fúria do devedor, que mesmo sob risco de morte os expulsou da sala.

São dezenas, centenas as histórias recheadas de violência. Os cobradores, segundo as vítimas, são abusados. Existem até suspeitas de que eles têm cobertura de alguém com costas quentes. Eles vão chegando, entrando e muitas vezes nem se identificam para as pessoas que estão no local.

“Minha secretária foi perguntar quem eram eles e o que eles queriam, mas não recebeu nenhuma resposta. A jovem foi empurrada e os dois foram entrando de surpresa em minha sala e colocando uma pistola sobre a minha mesa. Eu ainda não registrei queixa, mas foi registrar assim que eu pagar essa dívida”, desabafa um administrador de empresas.

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