Um adolescente de 15 anos confessou ao delegado Rafael Scatolon que a vítima, identificada apenas pelo primeiro nome e com idade entre 13 e 15 anos, era de Alta Floresta, estava há pouco tempo em Lucas do Rio Verde e teria tido um breve relacionamento com ele. A garota começou a dizer que estava grávida deste adolescente. Com raiva do boato espalhado pela vítima, o menor e a sua namorada (também menor) decidiram amarrar a vítima em uma árvore para que ela fosse torturada e agredida.
A adolescente estava com raiva da vítima por ter se envolvido com o seu namorado e passou a incentivar os demais adolescentes que estavam em uma chácara, na zona rural do município, a participar da ação. Temendo que a adolescente procurasse a polícia, o menor decidiu matar a vítima.
De acordo com a perícia, a vítima foi morta com mais de 40 facadas e teve a cabeça degolada pelos adolescentes. "Quando perceberam que a adolescente estava morta, os menores jogaram o corpo no rio Verde, onde foi encontrado boiando, ontem pela manhã", disse o delegado Rafael Scatolon, por meio da assessoria.
O corpo foi resgatado pelo Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil passou a receber várias denúncias dos possíveis autores do homicídio. Com base nas informações, policiais civis e militares se deslocaram até a região da chácara e lá apreenderam quatro dos menores envolvidos no homicídio.
Na delegacia, os adolescentes confessaram a execução da menor e deram detalhes da ação. De acordo com o delegado Rafael Scatolon, um dos menores foi com os policiais até o local e mostrou a árvore em que a vítima foi amarrada e contou o passo a passo do crime.
As três facas utilizadas para matar a vítima foram jogadas no rio Verde. O exame de necropsia constatou que a adolescente não estava grávida. "Aguardamos o resultado de outros exames e já entramos em contato com a Polícia Civil de Alta Floresta para auxiliar na identificação da vítima".
O delegado autuou os quatro adolescentes em flagrante pelo ato infracional de homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima e irá sugerir a Promotoria da Infância e Juventude internação dos seis adolescentes envolvidos.
