A Justiça Federal no Mato Grosso prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária do ex-agente da Polícia Federal Gedimar Pereira Passos, do filiado ao Partido dos Trabalhadores Valdebran Padilha, além do dono da Planam Luiz Antonio Vedoin e de seu tio Paulo Roberto Trevisan. Os quatro são acusados de negociar documentos que envolveriam políticos nas fraudes da compra superfaturada de ambulâncias.
O pedido foi feito pelo procurador da República Mário Lúcio Avelar, responsável pelas investigações. O procurador pediu também a revogação da liberdade provisória de Darci Vedoin, pai de Luiz Antônio. Os acusados de tentar comprar os documentos, que foram presos em São Paulo, prestam depoimento na Polícia Federal em Cuiabá. A Polícia Federal informou que, caso haja necessidade, haverá acareação entre os quatro presos para esclarecer dúvidas sobre a ação.
O procurador disse que não confirma o pedido de prisão do assessor da Presidência da República Freud Godoy, citado por Gedimar como um intermedário na venda dos documentos. A informação do pedido foi divulgada pela imprensa hoje. “Não confirmo nem que sim, nem que não”, disse. Ontem (18), Freud compareceu espontaneamente na superintendência da PF em São Paulo e negou as acusações.
Ontem, o presidente do Partido dos Trabalhadores, Ricardo Berzoini, também negou qualquer ligação do partido com a negociação. Segundo ele, o partido desconhecia a ação de Gedimar e Valdebran.
De acordo com o superintendente geral da Polícia Federal no Mato Grosso, delegado Geraldo Pereira, as imagens apreendidas mostram uma solenidade de entrega de 40 ambulâncias para municípios do interior do estado em que apareceriam o candidato ao governo do estado de São Paulo José Serra (PSDB-SP), os deputados Lino Rossi (PP-MT) e Pedro Henry (PP-MT), o ex-governador Dante de Oliveira e o candidato ao governo de Mato Grosso Antero Paes de Barros (PSDB-MT).