Dione Santos, irmão do pedreiro Tiago Santos, morto a pancadas, no último dia 26, em uma sala da delegacia municipal em Sinop, deve ser ouvido amanhã, pelo capitão Kleber de Lima, que preside o inquérito policial militar onde são apuradas as acusações contra o soldado Evanildo Lopes, o aspirante Alexandre Dallacqua e o soldado Campos, que prenderam o pedreiro. Dione também foi preso e diz que ele e o irmão apanharam dos três PMs. O soldado Evanildo, que estava de folga no dia do crime, depôs no inquérito militar, após ficar foragido por 6 dias, e assumiu que agrediu o pedreiro, inocentando o aspirante e o outro soldado.
O advogado Leonildo Severo da Silva informou que Dione vai passar por exame residual de lesões hoje à tarde no IML – Instituto Médico Legal- e vai depor amanhã, no quartel.
Mesmo com o soldado confessando a agressão que causou a morte do pedreiro, o comando regional da PM não lhe afastou totalmente da corporação. Ele está prestando serviços internos.
A delegacia municipal de Polícia Civil também está com inquérito em andamento para apurar se é verdadeira a versão que o pedreiro estava em um carro de onde supostamente teriam sido disparados tiros em direção do PM e se houve tortura contra inocentes, resultando na morte de um deles.
Tiago Nascimento não tinha antecedentes criminais, era casado e pai de um menino de 3 anos. Sua mãe, que presenciou a prisão, também foi ouvida pela Polícia Civil.
A OAB está acompanhando o caso.
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