O inquérito policial sobre as causas do incêndio que destruiu a prefeitura de Nova Bandeirantes (525 quilômetros de Sinop) deve ser concluído até o final deste mês. A confirmação foi feita pelo delegado responsável pelo caso, Vinícius de Assis Nazário, ao Só Notícias. “Já poderíamos ter concluído essas investigações, mas surgiram algumas novidades que ainda não podemos adiantá-las. Agora, estamos aguardando conclusão de alguns documentos. Acredito que, até o final desse mês, vamos estar entrando em uma nova fase dessa investigação. Estamos em uma parte bastante perigosa e não dá para ficar falando muito. Até achamos que no final de janeiro iríamos concluir, mas infelizmente não foi possível”.
Nazário também confirmou que o prefeito Valdir Pereira dos Santos (PR) procurou a delegacia para apontar que está sofrendo ameaças. “Até foi feito um estudo de risco pela Polícia Militar para apurar essa possibilidade de algum tipo de ameaça, mas não tem nada concreto. Não há nada nesse sentido. Ele está utilizando isso para chamar apenas a atenção”, concluiu.
Anteriormente, o delegado confirmou que pelo menos quatro pessoas teriam causado o incêndio. “Dois já foram identificados. Agora vamos trabalhar para materializar as provas que nós obtivemos e, nos próximos dias, poderemos tomar providências para o desfecho desse caso. Ainda não podemos dar muito detalhes das características desses suspeitos para não atrapalhar a continuidade das investigações. No entanto, assim que ocorrer essa materialização vamos representar pelas prisões desses suspeitos”, afirmou
Conforme Só Notícias já informou, a prefeitura ficou totalmente destruída. O fogo começou nos departamentos de contabilidade, recurso humanos, finanças, compras e tributos. As chamas foram controladas com ajuda de populares e funcionários, utilizado um caminhão-pipa, além de um trator para evitar que se alastrasse. O incêndio ocorreu logo após agentes da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) realizar uma operação na prefeitura.
Foram cumpridas 10 ordens judiciais de conduções coercitivas de membros da prefeitura e prestadores de serviços, acusados de desvio de recursos públicos após emissão em duplicidade de documentos denominados Notas de Autorização de Despesas (NAD) e pagamentos ilegais efetuados em caráter de prioridade por serviços não prestados a prefeitura de Nova Bandeirantes, com participação de prestadores de serviços, funcionários públicos municipais.