O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou ontem, balanços de diferentes frentes de fiscalização em ações contra crimes ambientais em territórios indígenas da Amazônia Legal, no Mato Grosso e Pará. As operações ocorreram após recebimento de denúncias de moradores das regiões.
Em Mato Grosso, imagens de satélite analisadas pelo Instituto identificaram indícios de extração ilegal de madeira na Terra Indígena Parque do Xingu. Equipes do Ibama foram deslocadas até o local e confirmaram a intensa exploração florestal, “com retirada de madeira destinada a serrarias de Alta Floresta”, informou a assessoria. Durante a ação, foram destruídos três tratores, uma pá carregadeira e dois caminhões adaptados para transporte de madeira, todos utilizados na atividade ilegal.
Já no Pará, a denúncia recebida apontava que garimpos situados nas imediações da Terra Indígena Menkragnoti estariam poluindo o rio Pixaxa, impactando diretamente a saúde das comunidades indígenas que vivem às margens do rio, detalhou a equipe. Após deslocamento dos agentes, foi confirmada a presença de lavras ilegais, com uso de mercúrio metálico e implantação de cianetação – técnica altamente tóxica, empregada no processamento de ouro.
Durante a operação, foram destruídas uma escavadeira hidráulica, uma caminhonete, seis motores estacionários para garimpo, além da apreensão de 1 kg de mercúrio metálico, substância com forte potencial de contaminação de ambientes aquáticos e da cadeia alimentar humana.
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