Dois homens apontados como traficantes morreram em uma operação da Polícia Federal, com apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar, no município de Poconé (104 km ao sul de Cuiabá). Na ação, uma pessoa foi presa e outra escapou.
As polícias apreenderam entre 400 e 500 quilos de pasta base de cocaína, armas, um monomotor boliviano usado no transporte do entorpecente e cerca de U$ 700 mil. As informações são da assessoria de imprensa da PF. Os mortos não portavam documentos e, inicialmente, foram encaminhados para o hospital público da cidade, onde seria realizado o exame de necropsia.
Um funcionário da unidade de saúde afirmou que os corpos tinham ferimentos a bala na região do tórax. As circunstâncias que ocasionaram os óbitos não foram esclarecidas pelas polícias. O material apreendido foi transportado para a Superintendência da PF em Cuiabá pelo Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para pesagem do entorpecente e contagem do dinheiro.
A operação é fruto de investigação da PF, que identificou o local onde a droga seria descarregada. Os traficantes usavam uma das pistas de pouso da região do Sesc Pantanal para deixar o entorpecente, que era colocado em caminhonetes para posterior transporte. Dez policiais do Bope foram chamados para auxiliar a PF na chegada ao local de difícil acesso.
O único preso é funcionário do Sesc Pantanal e não teve o nome divulgado. Ele atuava na retirada da droga do avião e levava para os veículos que fariam o transporte por via terrestre. Ele foi trazido para Cuiabá, onde prestaria depoimento. A advogada do Sesc Pantanal, Rubia Salah Ayoub, esteve na PF para se informar da situação. Aponta que soube da prisão do funcionário pela imprensa e buscava detalhes da ação. "Vamos nos inteirar do que aconteceu para nos posicionar sobre o assunto. O que posso adiantar é que o Sesc não tem qualquer envolvimento com isso e desaprova essa conduta"