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Greve do sistema socioeducativo de MT é adiada para terça

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Marcada para ter início amanhã greve dos servidores do Sistema Socioeducativo de Mato Grosso foi adiada para terça-feira (23). O motivo seria que a publicação sobre paralisação, feita em um jornal da capital, não circulou na sexta-feira (19). De acordo com o presidente do Sindicato da Carreira dos Profissionais do Sistema Socioeducativo do Estado de Mato Grosso (SINDPSS), Paulo César de Souza não houve mudança na decisão da classe, e a greve será adiada, mas mantida.

A principal reivindicação da classe é a falta de estrutura adequada, tanto para receber os adolescentes, como para os servidores desenvolverem seu trabalho. “Em Cuiabá, não existe um local decente para as mães ficarem quando vão visitar os filhos. Elas têm que ficar escondendo do sol na pouca sombra que acham. Quando chove a situação fica mais deplorável ainda”, disse Souza.

O sindicalista reforça que a cobrança feita pela categoria não inclui em momento algum o quadro salarial, o que os servidores desejam é apenas um lugar digno para se trabalhar. “Lembramos que as melhorias realizadas no ambiente de trabalho nas unidades do Estado, é totalmente revertida para a própria população”. Ele acrescenta que a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), lite- ralmente ignora a situação precária das unida- des. “De socioeducativo, o sistema de Mato Grosso não tem nada. Qualquer adolescente que entra nas unidades de Mato Grosso sai pior do que entrou, uma vez que são expostos a condições desumanas”.

A construção de novas unidades também é motivo de questionamento do SINDPSS, uma vez que o Governo Federal destinou mais de R$ 10 milhões para a construção de seis novas unidades de Centros Socioeducativos. Paulo César fala que os problemas não estão apenas na capital. Várzea Grande, é um dos municípios que seria beneficiado com a construção de uma nova unidade. “O terreno é ótimo, com certeza seria um diferencial na vida dos adolescentes dessa cidade. Mas a pretensão era de que até final de 2011, esta unidade estivesse pronta, e o que vemos é que nada foi feito”.

Para Souza a população é a única que sairá perdendo. “Infelizmente os adolescentes e as famílias são os mais atingidos pela greve, já que isso compromete visitas e outros procedimentos. Mas espero que entendam, que esta- mos lutando por melhorias”. Por meio da assessoria, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) disse que não se pronunciaria sobre o caso, uma vez que não foi informada oficialmente sobre a referida greve.

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