A unidade desconcentrada de Sinop do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) denunciou, ontem, 53 pessoas pelos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico. A denúncia é resultado da Operação Joia Rara, deflagrada em junho deste ano, com o objetivo de desarticular as atividades de uma facção criminosa envolvida em delitos em diversas cidades de Mato Grosso, com destaque para Guarantã do Norte e Novo Mundo.
Conforme a denúncia, os crimes foram cometidos com agravantes, como o uso de locais públicos e coletivos para o tráfico de drogas (incluindo bares, frigoríficos, festas e casas de prostituição), além do envolvimento de adolescentes e a continuidade das atividades criminosas mesmo dentro de unidades prisionais. As investigações apontaram que um dos líderes, mantinha o comando da organização, determinando regras e punições de dentro da unidade prisional. O Gaeco pediu e a Justiça decretou a inclusão dele no Regime Disciplinar Diferenciado. Já outros criminosos que estavam presos foram encaminhados ao regime penal disciplinar.
Os denunciados, com participação direta ou indireta na organização criminosa, ocupavam funções como líderes, tesoureiros, distribuidores responsáveis pelo apoio logístico e financeiro, além de atuarem no monitoramento da ação policial e na comunicação interna da organização, informou o Gaeco.
A denúncia aponta ainda que os integrantes utilizavam aplicativos de mensagens para coordenar ações, compartilhar listas de mensalidades a serem pagas pelos membros e monitorar a movimentação policial. Foram encontradas planilhas de controle de vendas, listas de distribuição e registros de pagamentos via PIX, evidenciando a profissionalização do esquema.
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