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GAECO denuncia 64 integrantes do Comando Vermelho em Mato Grosso

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O Ministério Público do Estado, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), denunciou, nesta terça-feira, 64 pessoas acusadas de integrar organização criminosa, denominada comando vermelho. Foram protocoladas 11 denúncias criminais, o trabalho é resultado da operação “Reditus”, desencadeada pela Polícia Civil em dezembro passado.

Na ocasião foram cumpridas 108 ordens judiciais, sendo 67 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão domiciliares. Cinquenta e sete alvos tiveram as ordens judiciais de prisão cumpridas, sendo 45 presos em Rondonópolis, 10 em Pedra Preta, um em Cuiabá e um na cidade de Amambai (MS).

A operação também resultou na apreensão de R$ 12 mil em, oito veículos (cinco carros e três motocicletas) avaliados em R$ 300 mil, além do fechamento de dois estabelecimentos comerciais utilizados pelo grupo criminoso para lavagem de dinheiro e 18 volumes de informações produzidas durante a investigação.

De acordo com as 11 denúncias oferecidas pelo GAECO, os acusados exerciam funções específicas na organização com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática dos crimes de tráfico de entorpecentes, associação para o tráfico, crimes patrimoniais e até homicídios. Os integrantes do grupo, segundo o Gaeco, exerciam “cargos” distribuídos em 10 funções: voz (líder), conselho, disciplina, espelho, tesoureiro, cadastro, gerente, padrinho, afilhado e companheiro.

Nas denúncias, o GAECO descreve a participação de cada integrante da organização, dividindo-os em grupos que variam de seis a 10 pessoas por denúncia. Também foram anexados os antecedentes criminais de boa parte dos acusados.

O Ministério Público acrescenta que, em razão da localização geográfica, Rondonópolis, está na rota utilizada pelo tráfico de drogas. “A facção criminosa “Comando Vermelho – CV-MT” conseguiu se instalar de forma rápida e o seu crescimento ocorreu de forma vertiginosa, na medida em que atualmente detém o monopólio do comércio de  entorpecentes neste município e nas cidades circunvizinhas”, destacou, através da assessoria.

Conforme apurado, a organização recebe mensalmente dos membros presos a quantia de R$ 20 e dos que estão em liberdade R$ 100. “Além da criação de taxas, a organização possui um regramento interno. Os transgressores são punidos na medida da gravidade de sua violação”.

 

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