O tenente-coronel da Polícia Militar Mariowillian Ribeiro Fujinaka, comandante da PM em Sinop, disse em entrevista coletiva realizada, esta manhã, que fotos de supostos suspeitos que estão circulando em redes sociais como sendo os supostos homens que teriam tentado sequestrar uma criança, de 9 anos, em uma escola em Sinop, na última quarta-feira, já foram analisadas e descartadas.
“As fotos só prejudicam o trabalho da polícia e alarmam a população. Temos que tomar um certo cuidado nas informações que são divulgadas. Elas tem que ser registrada primeiro na polícia para dar seguimento ao trabalho. Veicular uma notícia como esta é extremamente perigoso porque acaba instigando a população a ter uma ação agressiva ao se deparar com uma pessoa parecida e haver uma agressão sem ao menos saber se o caso se confirma”, explicou.
A suposta tentativa de sequestro ocorreu em uma escola municipal. De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela mãe da criança, a menina disse “que um rapaz aparentando estar bêbado tentou pegá-la na saída da escola. O suspeito ofereceu balas e disse que em sua casa teria mais balinhas. A vítima correu para escola e pediu para a coleguinha avisar a diretora”. De acordo com Fujinaka, o caso está sendo investigado. “Algumas informações estão se desencontrando, mas o trabalho policial está sendo feito. As viaturas também estão em constantes rondas na hora da saída”.
Conforme Só Notícias já informou, uma outra denúncia de suposto sequestro de uma criança, de 1 ano e 5 meses, que estava brincado no quintal da residência na avenida das Itaúbas, no bairro Jardim das Violeta, foi registrada no início da semana. Segundo o tenente, a possibilidade de ser o mesmo suspeito está descartada.
“As caraterísticas não batem. Até agora temos o que a mãe passou. O acusado pegou no braço da menina pelas grades do portão e tentava erguê-la para passar por cima. A criança começou a chorar, e o homem a soltou e fugiu. Algumas fotos de suspeitos que temos em nossos arquivos foram mostradas para a mãe, mas ela não reconheceu nenhum”.
Segundo o delegado Carlos Eduardo Muniz, as investigações continuam. “Estamos acompanhando os casos. As informações que são passadas estão sendo investigadas. Mas estas informações nas redes sociais prejudicou o trabalho policial porque temos que verificar, cruzar dados, então isso toma o tempo dos policiais que poderiam estar empenhados em outras investigações. Uma informação como esta propagada em uma rede é muito seria. Pedimos a população que qualquer pista seja levada à polícia, que será investigada. Além do mais pode haver consequências para a pessoa que publicou”.