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Falsa socialite Kelly Samara deu vários golpes em Cuiabá e esteve em Sinop

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A falsa socialite Kelly Samara Carvalho dos Santos, 19, presa na terça-feira em São Paulo acusada de estelionato e furtos a pessoas de classe média alta, deixou um rastro de falcatruas, roubos, enganações e desespero por onde passou. Inclusive em Sinop e Cuiabá. Em Mato Grosso a garota linda e de boa conserva deixou sua marca com prejuízos enormes para quem se deixou levar por seus encantos e sua lábia, apesar do português não ser dos melhores e demonstrar que apesar da conversa fácil não denotava o grau de estudo de alguém que freqüenta as altas rodas da sociedade cuiabana.

O caminho da marginalidade de Kelly começou em Amambaí (MS) sua cidade natal aos 13 anos, em 2001 quando por diversas vezes foi parar no Conselho Tutelar por pequenos roubos. Em Mato Grosso, ela começou a deixar sua marca em 2005, quando aos 17 anos foi para a cidade de Nova Xavantina morar com o pai após ser praticamente expulsa da casa dos avós maternos que a criaram. A mãe Celira Ricardo de Carvalho, 40, a abandonou quando tinha apenas três meses para morar Pedro Juan Caballero, no Paraguai, onde constituiu família.

Contando com a bondade do pai Sérgio Luiz dos Santos, a garota linda e desinibida começou a agir e a mostrar seu lado cruel e violento. Foram tantos roubos que o pai chegou a ser chamado para uma audiência na Justiça da Infância e Juventude em 2006. Irritado o pai a expulsou de casa e não apareceu para a audiência.

Sem família, ela passou a se enturmar com pessoas de posses. Aprendeu a conviver na alta sociedade, mesmo apresentando constantes erros de pronuncia. A beleza cobria os erros. Tanto assim que no começo deste ano voltou a Cuiabá e mostrou toda a sua esperteza. Chegou a se hospedar em quatro hotéis. Em um, considerado dos mais requintados da cidade ficou quatro dias, onde se alimentou, usou a lavanderia e deixou para trás uma dívida de R$ 1 mil. Chegou a ser presa, mas conseguiu uma advogada que a libertou em alguns dias. Aplicou um golpe na advogada, que lhe cobrou R$ 4 mil pelo serviço. A denunciou afirmando que a mesma havia lhe roubado roupas, dinheiro e jóias. Acabou presa, mas conseguiu sair alguns dias depois.

Não se preocupou com a prisão e muito menos demonstrou medo. Continuou aplicando seus golpes até conhecer um rico empresário cuiabano. Não se conteve e o fez de vítima. Conseguiu dar um golpe de mais de R$ 100 mil do empresário, levando seu carro Pajero, cheques e jóias. Torrou o dinheiro em passeios por várias cidades, até Sinop, onde foi presa.

Prisão não era problema para linda e falsa socialite. Ficou pouco e rumou para São Paulo, onde começou a aplicar golpe na alta sociedade paulista até ser presa na última terça-feira.

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