O coronel Élcio Ardoim, ex-secretário-adjunto da Gerência Adminstrativa e Financeira da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, foi detido na manhã nesta quinta-feira, em Cuiabá. Ele, juntamente com o major Paulo Costa, diretor da Oficina Única do Estado, é acusado de desvios de dinheiro do Governo através de notas frias. Ardoim presta esclarecimentos ao promotor de Justiça, Mauro Zaque, do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual.
Existe uma terceira pessoa envolvida. Seu nome não foi revelado, mas trata-se de um proprietário de uma oficina mecânica. Pela manhã, além das detenções para fins de esclarecimentos, a Justiça expediu mandados de busca e apreensão na residência dos envolvidos. O Gaeco não informou ainda a quantidade de material apreendida e que pode poderia subsidiar as investigações que ocorrem desde a criação da Oficina Única.
“Há pelo menos quatro notas fiscais frias” – informou uma fonte.
O secretário Célio Wilson de Oliveira deve se pronunciar ainda hoje sobre os envolvidos no esquema de notas frias.
O coronel Élcio Ardoim deixou a sede da Procuradoria Geral de Justiça, onde prestou depoimento ao Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele foi levado para um dos batalhões da PM com prisão preventiva temporária decretada pela Justiça. Ardoim saiu algemado e também com a cabeça coberta para evitar os repórteres-fotográficos e cinegrafistas.
Seu advogado, advogado Pedro Verão, declarou que é o oficial é uma pessoa honesta e correta. Ele acrescentou dizendo que o oficial teve a prisão temporária decretada para fins de averiguação e negou qualquer envolvimento do seu cliente com o esquema de notas fiscais frias, da qual é acusado. “Ele foi ordenador de despesas e assinava junto com o secretário” – salientou.
Fontes de 24 Horas News informaram que existem quatro notas fiscais frias no processo.