quarta-feira, 24/abril/2024
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Ex-presidiário confessa ter matado advogado em Cuiabá

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Investigadores da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), desvendaram, em menos 24 horas, o mistério da morte do advogado Duarte José Couto Júnior, de 30 anos. Um rapaz identificado como Wanderson Conceição Ferreira, o “Deco”, de 20 anos, com passagens pela Polícia por crimes de roubo e tráfico de droga confessou o crime e assumiu sozinho a autoria do assassinato.

A arma que “Deco” usou no crime, um revólver calibre 38 ainda não foi localizada. Ele alegou que estava fugindo, e ao passar por uma blitz jogou o revólver em um local com muita água, juntamente com uma porção de maconha que transportava. “A versão é dele. As investigações, no entanto, vão continuar, pois sabemos que ele não estava sozinho”, ponderou o delegado João Bosco de Barros, titular da DHPP e presidente do inquérito.

Wanderson contou ao ser autuado em flagrante em crime de homicídio qualificado na tarde de hoje, que o advogado que ele contratou para fazer a defesa dele não fez nada e ainda ficou com o dinheiro. “Ele me enganou. Ficou com o meu dinheiro que recebeu para me colocar em liberdade, e nem sabia que eu já estava em livre. Armei uma casinha – um emboscada, na gíria -, para ele e o matei”, confessou “Deco”

Apesar da versão oficial do assassino, muita gente não acreditou. Inclusive alguns advogados também não concordaram e acharam, inclusive, que a história da emboscada não é verdadeira. “Pode até ser ele o autor dos tiros que mataram o meu amigo. Mas com certeza ele não agiu sozinho. E tem mais, nós estamos desconfiando que pode ter sido pago para matar e para segurar a bronca sozinho”, alertou um advogado que pediu para não ser identificado.

“Fico com a versão de que a morte foi “encomendada”, ponderou outro amigo de Couto Júnior. Para a Polícia, no entanto, ainda não descartada uma versão de que a execução do advogado teria sido “encomendada” de dentro para fora da Penitenciária de Pascoal Ramos. Primeiro alguém tentou passar uma versão de tráfico de drogas devido a Polícia ter encontrado quatro cabeças pequenas e uma trouxa média de cocaína no bolso da vítima. Para a Polícia, a droga pode ter sido “plantada” para despistar as investigações da DHPP.

O CRIME

O corpo de Couto Júnior estava jogado na calçada da Rua Nova Olímpia – um beco sem saída -, no bairro Santa Isabel quando a Polícia chegou ao local. Couto Júnior estava de bruços e caído a cerca de um metro e meio do carro dele, o Peugeot preto, placa JZG-4890 com as duas portas da frente abertas.

O advogado levou três tiros, um deles na cabeça e dois pelas costelas direita e esquerda, de baixo para cima. A Polícia não descarta que a droga tenha sido colocada no bolso da vítima, que morreu no local às 23 horas de ontem.

AMEAÇADO

Couto Júnior estaria sendo ameaçado de morte por telefone. Uma das ligações – a Polícia ainda não confirma, mas arante que as investigações prosseguem – teria partido de dentro da Penitenciária de Pascoal Ramos.

Inclusive, segundo a reportagem do Site 24 Horas News apurou, o advogado Couto Júnior teria recebido o telefone dias atrás quando se encontrava dentro de uma Delegacia de Polícia Civil da Capital. “São versões. Com o réu preso, nós agora temos mais dez dias para investigar tudo e descobrir quem estava falando a verdade e quem está mentindo”, observou o delegado João Bosco.

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