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Ex-delegado é preso acusado agenciar pistoleiros para grileiros no Nortão

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O ex-delegado Roberto de Almeida Gil se encontra detido na sede da Superintendência da Polícia Federal. Seu nome está envolvido no esquema de grilagem de terra da União ocupadas por grupos indígenas, genocídios contra grupo indígena isolado e delitos ambientais na região de Colniza, no Norte do Estado. Ele chegou algemado. Com isso, sobe para 28 as pessoas presas dentro da Operação “Rio Pardo”. Pela manhã, os policiais federais Edemar Oliveira Pinheiro e Maria Gislaine Vieira de Souza estiveram na casa do ex-delegando lhe dando voz de prisão.

Fontes da Polícia Federal informaram que Gil está sendo ouvido em função de seu nome ter sido apontado em casos de agenciamento de pistoleiros para os envolvidos no esquema de grilagem de terras no Norte do Estado. Na terça-feira, o ex-delegado chegou a ir na PF para saber se havia contra sua pessoa. Porém, o mandado de prisão temporária só foi expedido pelo juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara da Justiça Federal, no começo da noite.

Gil atualmente exerce a profissão de advogado. No passado, ele era considerado um dos policiais da elite de Mato Grosso. Por vários anos ocupou o cargo de diretor da Divisão Anti-Seqüestro da Polícia Civil. Uma de suas características era a de dar rápidas soluções para os crimes. Gil se aposentou após sofrer um atentado em circunstâncias até hoje não esclarecidas. Ele levou sete tiros e foi salvo por usar colete a prova de balas. Ele investigava o esquema de roubo de carretas e cigarros.

Atualmente, Gil estava residindo na região de Rosário Oeste. Depois que deixou a Polícia seu nome reapareceu em suspeita de envolvimento com integrantes do crime organizado. Principalmente no caso da morte do ex-sargento José Jesus de Freitas. Ele foi apontado como um dos informantes da organização comandada por João Arcanjo Ribeiro, atualmente preso no Uruguai esperando execução do processo de extradição.

Na prisão, ocorrida pela manhã, Gil estava em uma residência no bairro Recanto dos Pássaros. Ele foi algemado e preso. Em seguida, os policiais federais realizaram busca e apreensão em papéis e documentos para ajudar a subsidiar as investigações. No cumprimento do mandado, o ex-delegado deverá ficar recolhido numa das celas da Polinter.

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