O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia contra o ex-cabo Hércules de Araújo Agostinho pelo assassinato do engenheiro agrônomo Rogério Gonçalves de Oliveira, ocorrido em junho de 2001 no município de Campo Novo do Parecis (397 quilômetros de Cuiabá). A promotora de Justiça Fabiana da Costa Silva requer a condenação do acusado, bem como do cúmplice dele, João Leite. A denúncia cita também uma terceira pessoa, que teria ajudado Hércules a fugir.
A investigação ainda apura quem foi o mandante do crime. A ligação de Hércules foi constatada a partir do estojo de munição recolhido no Parque de Exposição, onde o crime ocorreu. Com o objeto, os policiais verificaram que as balas eram da mesma arma utilizada nos assassinatos de Rivelino Rivas Jacques Brunini, Fause Rachid Jaudy e José Jesus Freitas, em que Hércules é réu confesso e delata João Leite como cúmplice.
O assassinato ocorreu por volta das 23 horas, em meio a várias testemunhas, no Parque de Exposição de Campo Novo do Parecis. Segundo o inquérito, Hércules desferiu cinco disparos de uma pistola 09 mm contra a vítima. Primeiro, o pistoleiro atirou três vezes nas costas do agrônomo e depois mais duas vezes na cabeça da vítima. Durante a fuga, também atirou contra o policial militar, Aparecido Celestino Viana, que fazia a segurança do evento, ferindo-o na perna. Após, fugiu numa camionete D-20 estacionada no Parque de Exposição.
Quatro horas após, Hércules, João Leite e uma terceira pessoa foram parados numa blitz. O motorista não foi identificado. João Leite estava no banco de passageiro e Hércules ficou escondido na carroceria do veículo, desta vez um Fiorino. Segundo o inquérito, os três foram liberados após intervenção de superior da PM.