O empresário Air Bomdespacho e Silva é apontado pela polícia como uma “vítima atípica” de furto qualificado. Ele teve R$ 1,850 milhão furtados de um veículo e só compareceu na quarta-feira (3) para depor sobre o caso, quase cinco meses depois. O crime aconteceu no dia 16 de julho deste ano. O empresário, que atua no ramo de energia elétrica, disse que na época não quis se pronunciar pois sabia que o caso iria ser explorado politicamente, pela proximidade com o período eleitoral. Air é irmão de Celcita Pinheiro, atual secretária de Bem Estar de Cuiabá. Segundo o delegado Luciano Inácio, o empresário disse que vai comprovar a origem do dinheiro. Afirmou que na época guardou o montante dentro de um veículo de uma amiga, na garagem de um prédio no bairro Duque de Caxias, porque seu escritório estava em reforma. Disse que o dinheiro seria usado para pagamento dos mais de 800 funcionários.
O crime só foi “descoberto”, porque os ladrões acabaram sendo presos, enquanto gastavam o dinheiro. Até agora a polícia apurou que o trio gastou R$ 1,5 milhões na compra de bens, móveis e veículos. Anderson Ferreira da Silva, 27, conhecido como “Som”, Vilmar da Silva Souza, 28, o “Cocó”, e Marcelo Soares da Silva, 29, tinham a informação do porteiro que dentro do carro tinha uma caixa com dinheiro. Para a surpresa, eram 10 caixas. Eles foram presos no Mato Grosso do Sul.