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Empresário em MT articulou fraude em empréstimo de R$ 15 milhões no BNDES, diz polícia

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Redação Só Notícias (foto: assessoria/arquivo)

Um empresário do ramo de transportes, envolvido no furto de mais de R$ 20 milhões em cargas de grãos de fazendas mato-grossenses, articulou um esquema de levantamento ilegal de R$ 15 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo informou a Polícia Civil. Ele foi alvo da terceira fase da Operação Safra, deflagrada esta semana. Foram cumpridos ao todo 63 mandados.

Segundo as investigações realizadas pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), o objetivo “era usar o crédito para fortalecer a atuação do grupo criminoso do qual o empresário faz parte”, detalhou a assessoria da polícia. “As apurações também apontaram que o empresário pagaria o valor de R$ 500 mil em espécie, como propina, para um contato em Brasília para liberar o valor”, acrescentou.

De acordo com a GCCO, o investigado atuava como operador financeiro do grupo criminoso, usando os caminhões de sua empresa para os “desvios de grãos e articulando o pagamento para os demais integrantes”.

Conforme a Polícia Civil, a atuação do empresário ficou evidenciada depois da segunda fase da Operação Safra. Com base nas apreensões, foi revelado que o investigado e sua empresa de transportes eram a conexão financeira entre o aliciador e o operador comercial do grupo criminoso, alvos das fases anteriores da investigação.

Em junho de 2022, o empresário, responsável por seis caminhões-caçamba, que faziam o transporte de cargas desviadas, articulou um esquema para liberação de empréstimo no valor de R$ 5 milhões junto ao BNDES. Os recursos seriam utilizados para ampliar a frota de caminhões utilizados nos crimes de furto e desvio de grãos.

Para conseguir o empréstimo, o empresário se valeria de um contato em Brasília e pagaria R$ 500 mil, referente a 10% do valor do crédito. O dinheiro seria entregue em mãos ao contato como garantia de que o recurso seria liberado. Com o avanço das investigações, foi identificado que, na verdade, o empréstimo estava acordado no valor de R$ 15 milhões, e que os R$ 500 mil eram para liberação somente do primeiro saque, no valor de R$ 5 milhões.

Com o levantamento da informação, na época dos fatos, a equipe da GCCO, com apoio da Polícia Rodoviária Federal e da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Primavera do Leste, conseguiu evitar o esquema e realizar a prisão em flagrante do empresário no momento em que ele transportava os R$ 500 mil em dinheiro, em uma caminhonete GM S-10, na região de Primavera do Leste.

A parceria entre os integrantes do grupo foi confirmada por meio de diversas movimentações financeiras, que deixavam claro que o investigado atuava como operador financeiro da organização criminosa, entre elas transferências de altos valores para pessoas ligadas aos mentores do grupo criminoso. Entre as movimentações, estão transferências bancárias com valores entre R$ 43 mil e R$ 210 mil para a esposa e a ex-esposa de um dos investigados.

“As investigações comprovam a parceria espúria entre os investigados e demonstram que tanto o aliciador quanto o operador financeiro da organização criminosa são responsáveis pelos prejuízos milionários causados às vítimas”, disse o delegado responsável pelas investigações, Gustavo Colognesi Belão.

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