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Disputas entre PCC e CV motivaram rebelião no presídio de Sinop

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A principal motivação para a rebelião no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, foi a guerra entre as facções Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro. De acordo com matéria especial publicada pela Folha de São Paulo, integrantes da facção carioca tentaram atacar detentos do grupo paulista, que estavam em uma ala “segura” do presídio sinopense, quando teve início a rebelião.

Na época, o secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Airton Siqueira, apontou que a rebelião em Sinop tinha como motivação uma “rixa entre dois grupos rivais”. A assessoria da secretaria confirmou, ao Só Notícias, que a briga entre PCC e CV foi a causa da rebelião. No entanto, explicou que o governo estadual não cita o nome dos grupos criminosos para evitar um possível “marketing gratuito”.

Segundo a reportagem da Folha de São Paulo, Mato Grosso é o primeiro estado no qual criminosos locais proíbem os chamados “batismos” do Primeiro Comando da Capital. Conforme a publicação, os integrantes do bando paulista estão sendo “caçados dentro e fora da prisão”. As informações foram obtidas com base em documentos elaborados pela Inteligência da Polícia Civil de São Paulo para os órgãos de segurança em Mato Grosso.

Conforme Só Notícias já informou, após a rebelião, a Sejudh transferiu 18 presos. Destes, seis foram levados para a penitenciária Major Zuzi Alves da Silva, em Água Boa, e outros 12 foram conduzidos para a cadeia de Cáceres.

A rebelião na penitenciária de Sinop terminou no dia 12 de abril, depois que os presos entregaram as armas e se renderam, após intermediação do comitê de crise criado por representantes do Sistema Penitenciário e Forças de Segurança do Estado, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Defensoria Pública.

No total, 27 presos ficaram feridos e cinco foram mortos. Destes, quatro morreram em confronto interno e um sofreu infarto durante a rebelião. Ele foi socorrido e encaminhado ao hospital, mas não resistiu. Morreram: Bruno Aparecido Bezerra Bueno, 21 anos; Reginaldo Agostinho, 31 anos; Marcelo Viturião Carvalho, 22 anos; Isauro Pedro Gonçalves, 69 anos, e Raimundo Rocha, 52 anos.

Raimundo morreu por infarto e, conforme a secretaria, havia sido identificado erroneamente no Instituto Médico Legal (IML) de Sinop por familiares de outro detento. Segundo a Sejudh, os detentos respondiam por homicídio, latrocínio, tráfico de drogas, crime sexual e tentativa de homicídio.

A rebelião começou entre 5h30 e 6h do dia 11 de abril. Os presos começaram a bater nas grades no momento em que os agentes penitenciários se preparavam para a troca de serviço. Agentes que estavam nas torres de vigilância observaram uma movimentação estranha e quando foram verificar o que estava acontecendo no raio Azul, foram recebidos com disparos de arma de fogo.

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