Os empresários de Sorriso Nei Francio e Luciane Francio Garaffa e o marido de Luciane, Gilvan José Garaffa, tiveram o pedido de habeas corpus negado pelo desembargador federal Mário César Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Os três são proprietários de terras próximas ao Parque Indígena do Xingu (PIX) e foram presos na Operação Mapinguari, desencadeada na quarta-feira passada. A prisão temporária de 5 dias, conforme Só Notícias antecipou, acabou sendo prorrogada.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF) eles são suspeitos invadir e explorar ilegalmente madeira na reserva por meio de corrupção dos índios da etnia Trumai e de servidores públicos de órgão ambientais. Apenas Adriana Zibetti Francio, esposa de Nei, foi colocada em liberdade porque o magistrado entendeu que não havia elementos para mantê-la encarcerada apenas por ter assinado contratos ou escrituras de propriedade juntamente com o marido.
De acordo com a defesa, as prisões não são necessárias pois os três fazendeiros não são imprescindíveis à investigação. Conforme A Gazeta, eles alegaram que o MPF se baseou em Planos de Manejo de 1999, quando os clientes deles não eram proprietários das áreas. Luciane é administradora da Colonizadora Feliz Ltda, uma das empresas do grupo Francio, atuante no setor imobiliário, atividade agrícola, suinocultura, extração, comercialização e exportação de madeira. De acordo com o MPF, a extração ilegal causou lucro de R$ 28,163 milhões e, no entorno do PIX, alcançou R$ 135,753 milhões, totalizando R$ 163,889 milhões.