Um desmanche de veículos foi descoberto neste domingo (15) por policiais civis da Diretoria Metropolitana, durante uma investigação de roubo de carreta. O desmanche funcionava na rua Bom Despacho do bairro Potiguar, em Várzea Grande. Uma empresa de telefonia e transporte era usada como fachada da oficina clandestina.
No local foram encontrados cinco motores de caminhão, duas cabines de carretas Scania desmontadas, um bitren do Estado de São Paulo, com cor modificada e chassi adulterado, um cavalo mecânico, placa da cidade de Ladário (MG), além de várias peças de veículos. Cerca de 15 itens, entre veículos desmontados e peças foram apreendidos e serão periciados. Uma pessoa também foi presa. Aparecido Barboza, 37, foi detido no bairro Ouro Verde e vai responder por receptação. Ele era o responsável pelo desmanches das carretas roubadas.
Os policiais investigavam o roubo de uma carreta Volvo, NL-12, de cor branca e placa BWI 1226, de São Paulo, ocorrido no início do mês de junho deste ano, na cidade de Jataí, Minas Gerais, e chegaram até o local, usado para desmontar os veículos. O caminhão tinha rastreador e pelo sistema de rastreamento via satélite os agentes civis descobriram que o veículo estava aqui no Estado e foi possível desarticular o esquema que vinha ocorrendo há tempos. O cavalo mecânico da carreta foi encontrado desmanchado dentro da empresa. E a carreta, de acordo com o investigador Edson Leite, que coordenou a ação, estava abandonada no pátio do posto de gasolina Nova Década, antigo Corigão, localizado em frente à empresa de fachada.
O motorista do caminhão, José Balestere Neto, prestou depoimento na Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA), nesta segunda-feira. A carreta recuperada pertence a uma transportadora paulista.
O local é reincidente e alvo de investigações da Polícia Civil. Em agosto de 2007, a polícia descobriu que lá era usado para desmanche e adulteração de veículos roubados em Mato Grosso e fora do Estado. A polícia suspeita que a quadrilha tenha atuação em pelo menos três Estados (Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso).
“Funcionava como se fosse uma oficina para desmontagem e montagem de caminhões. Era usado para o trânsito de objetos ilícitos que eram transformados em lícitos”, disse o delegado Anderson Veiga, da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERFVA), que dará continuidade nas investigaçoes.
O proprietário do local, Adão Noel Mazeto, não estava na oficina quando os policiais entraram, mas foi indiciado por receptação qualificada, formação de quadrilha ou bando. Ele tem várias passagens pela polícia. Até poucos meses atrás esteve preso em Minas Gerais pelo crime de receptação e roubo de veículos. O local foi novamente fechado pela polícia.