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Delegado diz que golpes antigos continuam fazendo vítimas na capital

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Golpes antigos aplicados de maneiras diferentes, normalmente aliados ao uso de novas tecnologias, continuam fazendo vítimas em várias localidades. De acordo com a Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, em 2014, foram 817 casos registrados na capital e, este ano, já são 222 ocorrências entre os meses de janeiro a março.

Está cada dia mais difícil encontrar alguém que não tenha sido vítima de um estelionatário ou pelo menos não tenha passado por uma tentativa de golpe. O número de pessoas lesadas pode ser ainda maior, uma vez que muitas vítimas, por vergonha da situação, acabam não procurando a polícia para fazer o registro da ocorrência.

Em um dos casos investigados pela delegacia, uma mulher que se dizia proprietária de uma imobiliária fez mais de 80 vítimas na capital, entre os meses de outubro de 2014 a março deste ano. A estelionatária, junto a um comparsa, que se passava por gerente habitacional da Caixa Econômica Federal, vendia lotes em diferentes pontos da cidade.

O valor da entrada do terreno variava entre R$ 2,5 mil a R$ 8 mil dependendo da localização do terreno. Na entrega do valor, as vítimas assinavam contrato com a suposta imobiliária e só depois descobriam que caíram em um golpe.

O delegado José Carlos Damian, explicou que todos os dias novos golpes surgem na praça, mas grande parte das vezes são contos antigos que retornam com nova roupagem. A prova disso é que os golpes mais registrados pela unidade são o do “envelope vazio”, “cartão clonado”, “fraude na venda de passagens aéreas”, “carro estragado ou bença tia”, “código de barras”, “prêmios via telefone”, “pecúlio”, “bilhete premiado”, e aplicação de cheques clonados, fraudados, furtados.

“Os golpes são antigos, mas muitas pessoas continuam sendo vítimas. Entre os motivos está o fato de que o perfil do estelionatário mudou, ficando claro que além de terem da boa conversa, os golpistas são pessoas instruídas e com alto índice de conhecimento no setor que atuam e também na utilização de tecnologia para cometer os crimes”.

Damian explicou que a lei frágil, que tem um pena máxima de 5 anos, mesmo para quem tenha aplicado golpes que causaram grandes prejuízos as vítimas, encoraja a ação dos golpistas, que muitas vezes cometem os crimes de dentro do próprio presídio. “Além da pena pequena, a lei oferece facilidades por ser um crime que não utiliza de violência, o que acaba encorajando a ação dos criminosos nessa área”, destacou.

Para o delegado, apesar de qualquer pessoa e até mesmo empresas poderem ser vítimas da ação de estelionatários, os idosos são os mais suscetíveis, por serem mais inocentes e geralmente ter dinheiro guardado, além de não possuir conhecimento das inúmeras possibilidades criadas pelas novas tecnologias.

“A maioria das vítimas de estelionato possui uma dessas duas características a ingenuidade ou a ambição. Antes de tomar qualquer decisão é preciso prestar atenção aos detalhes e procurar informações sobre a situação que está acontecendo”, destacou o delegado.

Entre as dicas para não cair em golpes estão, sempre desconfiar quando uma oferta é muito vantajosa, oferecendo um valor em dinheiro muito alto de maneira muito fácil e sempre checar informações de telefones, e-mails, cartas, que propõe negócios que envolvam grandes quantias em dinheiro.

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