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Delegado diz que atividade de garimpo pode ter motivado 4 mortes em Mato Grosso

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: reprodução)

O delegado regional de Juína, Carlos Francisco, detalhou, hoje, que a atividade de garimpo pode estar relacionada à violenta execução de quatro pessoas, ontem, em uma região de mata, em Aripuanã (648 quilômetros de Sinop). Uma das vítimas, Elzilene Tavares Viana, de 41 anos, conhecida como “Babalu”, liderava um garimpo na região.

“A linha de investigação está relacionada a algum crime motivado pela atividade comercial que a vítima exercia. Todos sabem que era uma pessoa conhecida. Três trabalhavam como garimpeiros, em Aripuanã. As investigações preliminares estão nesse sentido. Se há ligação direta ou indireta com a atividade que exerciam em Aripuanã”, comentou o delegado, em entrevista à TV Juína.

Carlos ressaltou ainda que, caso a linha de investigação se confirme, seria mais um crime ligado à atividade garimpeira. “Não é a primeira vez que isso acontece. Crimes relacionados ao garimpo em Aripuanã. No início do ano, já tivemos uma fatídica notícia de que alguns familiares foram vítimas de homicídio”, destacou o delegado.

Além de Elzilene, também morreram na chacina desta semana o marido dela, Leôncio José Gomes, 40 anos, o filho dele, Luiz Felipe Viana Antônio da Silva, de 19. A quarta vítima é Jonas dos Santos, 25 anos. O corpo de Elzilene, que estava próximo de uma GM S10 que foi incendiada, acabou ficando carbonizado. Todas as vítimas foram algemadas para a execução. No local, foram encontradas cápsulas calibre 12.

“É um evento extremamente grave. Um crime de repercussão. A doutora Amanda (Menuci Petelinkar, delegada de Aripuanã) já tomou as providências preliminares. Foi feita perícia. Estamos levantando as primeiras informações. Até o momento, algumas são contraditórias. Estamos investigando a possibilidade de um autor intelectual ou vários”, explicou o delegado regional.

Conforme Só Notícias já informou, uma quinta vítima, uma jovem, de 19 anos, que está gestante e era esposa de Jonas teve a vida poupada e foi levada para Juína, onde foi liberada. A única sobrevivente contou que todos foram rendidos por quatro homens encapuzados e com armas longas. Eles foram colocados na caminhonete e levados em direção a Juruena, até chegar na rodovia federal. Os criminosos percorreram cerca de 30 metros na mata e começaram a execução.

Quando chegou a vez da gestante, Jonas implorou pela vida da esposa e os atiradores a pouparam. Após ser deixada em Juína, a jovem pegou um ônibus até Sinop, onde procurou a delegacia de Polícia Civil.

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