Sete criminosos presos na Operação Xeque Mate, na última sexta-feira, pela Polícia Civil, em Sorriso e Cuiabá, tiveram a prisão convertida para preventiva. Cinco homens e as duas mulheres seguem presos, ao menos até apuração final do inquérito em pelo menos 30 dias, incluindo o suposto líder. A quadrilha está envolvida em associação criminosa, receptação qualificada e lavagem de capitais, com uma movimentação apurada preliminarmente de R$ 72 milhões.
O delegado Bruno França, responsável por conduzir a operação, detalhou que três suspeitos seguem foragidos. Durante diligências nos endereços em Sorriso e Cuiabá, as equipes identificaram uma extensa quantidade de materiais que comprovam as práticas criminosas do grupo. “Dois anos atrás houve uma extorsão e uma prisão em flagrante. Um dos celulares teve autorização judicial para extração de dados e daí começou a investigação. Fomos procurando até que chegamos ao ponto de reunir o acervo probatório para pedir a prisão e buscas e apreensões”, destacou.
“É importante ressaltar que materializamos essa operação, mas é uma investigação de dois anos. Vários colegas passaram por aqui e tem o trabalho de muita gente. Foram apreendidos diversos armamentos, inclusive um fuzil 556, é uma associação criminosa armada. Também foram apreendidos receituários médicos, medicamentos, defensivos agrícolas, carimbo médico para receita de remédios. Mais de 5 milhões de talonários de cheques, mais de 1 milhão em promissórias apreendidas. Essa associação também é investigada por extorsão e tráfico de drogas”, disse o delegado.
O delegado também afirmou que os criminosos usavam empresas de fachada, como no ramo de engenharia e venda e compra de veículos para fazer a lavagem do dinheiro. De acordo com o delegado, ainda será apurado o total valor desviado. “Vamos descobrir a reação dimensão dos ativos ilícitos dessa associação criminosa. Mas tinha situações absurdas, pessoas com rendimento de R$ 200 mil mensal para justificar e tinha rendimento de R$ 2,5 mil a R$ 5 mil declarado. É evidente que se trata de uma associação que tá fazendo branqueando capitais ilícitos”.
A investigação que já dura dois anos deve seguir em novo inquérito para apurar supostos outros crimes do grupo com a apreensão dos novos materiais. “Vou relatar o inquérito e temos já informações sólidas para indiciá-los por associação criminosa, lavagem de capitais e receptação qualificada. Após o cumprimento do prazo, porque caso a gente perca o tempo eles são colocados em liberdade, por isso vamos dar uma atenção especial. Em seguida vamos instaurar uma investigação para lidar com essas informações novas, com telefones celulares, computadores e outros documentos”, concluiu.
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