O delegado da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, Rogers Elizandro Jarbas, abriu hoje o seminário: Polícia Judiciária Civil: Atuação em grandes eventos, que acontece em Cuiabá, com a temática "Investigação policial proativa: Uma nova abordagem focada para grandes eventos". Ele é responsável pela elaboração do material didático da Secretária Nacional de Segurança Pública (Senasp), relacionado à atuação da Polícia Civil frente a grandes eventos.
Jarbas contextualizou os grandes eventos com a missão institucional da Polícia Civil e fez uma abordagem histórica da investigação criminal proativa, a pré-ativa e a reativa, trazendo comparações e apontamentos ligados aos benefícios de cada uma delas. "Desenvolvemos há algumas décadas a investigação criminal reativa. Após a eclosão do ilícito penal é que as polícias civis dão início à investigação, buscando esclarecer a materialidade do ilícito. Hoje estamos dando um novo enfoque da investigação, que passa a ser uma conduta proativa", explicou o delegado.
Conforme Jarbas, a investigação proativa busca identificar potenciais deliquentes, potenciais atos criminosos que estão para acontecer. "Estamos evitando a prática desse delito. Essa é a nova ideia, o novo paradigma. É uma guinada dentro da investigação proativa no Estado de Mato Grosso e no Brasil como um todo. É uma nova visão e um novo comportamento voltado a grandes eventos", complementou.
O delegado também falou dos reflexos das organizações criminosas em relação aos grandes eventos e as novas modalidades de crime organizado. "O Brasil tem uma potencia econômica muita grande e isso interessa ao crime organizado. Serão 3 milhões de pessoas se movimentando pelas cidades sedes da Copa do Mundo", disse Rogers.
"Está havendo toda uma preocupação no sentido de capacitar os profissionais em várias temáticas, inclusive atos terroristas. Estamos alinhando conhecimentos, habilidades e atitudes para que possamos agir dentro dessa nova ótica", completa.
Jarbas destacou ainda que o Brasil assumiu um compromisso de segurança para Copa, de trazer excelência na prestação de serviço. "Para isso a Senasp desenvolve um projeto muito grande ligado a capacitação. Quer se construir uma doutrina única de segurança. O policial poderá atuar em qualquer lugar do Brasil e o procedimento será o mesmo, único", pontuou. "Não se quer formar policiais. O se quer é alinhar, complementar o que está faltando e trazer o mesmo nível de excelência", finalizou.