
Sodré relata que, na manhã de sábado, recebeu duas ligações de um mesmo número feitas ao seu celular pessoal. A primeira chamada não foi atendida. “Na segunda vez que o telefone tocou, eu atendi e mesmo sem falar nada, um homem disse que os cinco dias que tinha passado preso não ficariam assim”.
A pessoa relatou ainda que sabia onde o delegado mora e ter conhecimento da rotina da família, finalizando que Sodré, o juiz e a procuradora “pagariam” pela prisão. Em seguida, o delegado retornou a ligação e uma senhora atendeu o telefone, apontando que era um “orelhão” de Itanhangá. A mulher não quis se identificar, mas relatou que o telefone público era utilizado momentos antes por um homem de motocicleta. A Polícia Militar da cidade foi acionada e esteve no “orelhão”, onde constatou a existência de marcas de pneus de motocicleta no local. Tudo foi fotografado e fará parte do inquérito que vai apurar a ameaça contra os servidores federais.
Os levantamentos iniciais, segundo o delegado, apontam que a ligação foi feita por um rapaz da cidade que tem envolvimento com assaltos a banco, na modalidade “Novo Cangaço”, na região norte de Mato Grosso. “Essa pessoa está agindo a mando de três fazendeiros citados na operação: Elio Faquinello, que está foragido, Holivar Braga e o vice-prefeito de Itanhangá Rui Schenkel”.
Sodré não descarta o envolvimento da sindicalista Ivete Pastein, que tinha forte ligação com uma mulher identificada como Solange, também envolvida com assaltos a banco e tia do suspeito. “Nas investigações, descobrimos que Ivete abrigava o assaltante em uma propriedade dela”.


