A adolescente de 12 anos foi ouvida na Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), ontem à tarde. Ela é acusada de dar substância química para outra menina, 11 anos, que está internada no Pronto Socorro de Cuiabá, desde o dia 27 de junho, quando também foi registrado o boletim de ocorrência.
À delegada Anaíde Barros, a menina contou uma história considerada "fantasiosa". "A menina nega. Contou que um colega deu o líquido para ela dar a vítima, que era um presente".
A garota chegou na delegacia acompanhada pela mãe e foi ouvida na presença da genitora e também passou por atendimento junto a equipe multidisciplinar da DEA. Nas declarações, a menor disse que o presente seria de um garoto para a vítima, que seria namorada desse menino. A adolescente ainda contou que o menino estava com ciúmes da vítima, que andava conversando com outros garotos.
Questionada porque havia saído de Cuiabá com a filha, a mãe disse a delegada que ficou com medo da repercussão e que embora a filha negue o caso, seu comportamento a põe em dúvida.
A vítima estuda em uma escola municipal, assim como a menor investigada em ato infracional de tentativa de homicídio. Conforme o boletim de ocorrência, noticiado pela mãe, a filha ao chegar em casa com a boca inchada, babando, e aparentando estar com lesão na boca, contou que a colega estava na escola com uma "garrafinha", com um líquido rosa e teria oferecido aos demais colegas que não aceitaram.
Após sair da escola na companhia da garota, tomaram um ônibus e pararam em um ponto, ao descerem a adolescente ofereceu novamente o líquido a vítima, alegando ser vinho e assim ela resolveu aceitar, tomando a bebida. Após foi para casa.
Na delegacia, a adolescente falou que logo que a vítima tomou o líquido sua boca inchou, mas depois desinchou. A delegada também informou que o laudo pericial confirmou queimadura química, com lesões no esôfago e que aguarda liberação médica para ouvir a vítima. "Ainda vamos ouvir testemunhas e aguardamos para falar com a vítima".