As estatísticas da Segurança Pública apontam para a redução nos crimes de roubo na cidade. Essa diminuição está relacionada à intensa atuação das forças policiais na repressão aos crimes patrimoniais, seja no rápido atendimento, que leva a prisão em flagrante dos autores ou nas investigações sedimentadas em provas qualificadas que estão mantendo os criminosos na cadeia.
Na capital, a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) atua fortemente na repressão aos crimes, especialmente, aos roubos com emprego de violência e grave ameaça. Neste ano, a Derf Cuiabá também passou a trabalhar com metas para conclusão de inquéritos policiais relativos aos principais crimes patrimoniais (roubos, furtos e latrocínios). A meta denominada “Propositum” começou em marco e foi finalizada em junho, com 553 inquéritos relatados remetidos ao Judiciário, no prazo de 120 dias.
“Nosso foco principal foi dar andamento em todas as investigações em cartório. Temos uma demanda represada e, principalmente, retirar indivíduos de circulação. Ao concluirmos os inquéritos policiais representamos pelas prisões para retirar esses criminosos do convívio da sociedade. Esse é nosso objetivo, evitar que essas pessoas voltem a praticar crimes”, explicou a delegada titular da Derf, Luciani Barros de Lima Pereira.
Inseridos na meta “Propositum”, de 120 dias, foram 93 prisões de criminosos associados a grupos para prática de roubos e furtos, na região de Cuiabá. As prisões foram realizadas em cumprimento de mandados de prisão e flagrantes, em ações individuais da Especializada.
Conforme a delegada, a mudança da metodologia de trabalho, a implantação do plantão de atendimento em local aos roubos a residência, com emprego de violência e restrição de liberdade da vítima, e a criação do núcleo de investigações especiais dentro da Delegacia, são fatores que ajudaram nas investigações, dando maior celeridade na conclusão dos inquéritos policiais.
A delegada explica que Cuiabá foi dividida em cinco grandes regiões para facilitar a atuação das equipes de investigadores coordenados pelos oito delegados da unidade policial. Na Delegacia cada área da cidade está sob os cuidados de um delegado e sua equipe, que passaram a ter vínculos com a população, facilitando a troca de informações com os moradores, presidentes de bairros, Conselhos Comunitários e a Polícia Militar.
“Agilizou muito a troca de informações e também deu qualidade nas investigações, porque criou confiabilidade no repasse de informações. Estamos fazendo uma repressão mais qualificada, que é o papel da delegacia especializada”.
As ocorrências de roubos em residências, que, em julho de 2016, antes da mudança do método de trabalho, estavam na média de 130 registros ao mês, em dezembro passado ficaram em 33 casos e neste ano tem se mantido na faixa de 65. "Das prisões efetuadas nesse período, quase todos continuam presos. Isso contribuiu muito para a redução das estatísticas", assegura o delegado, Guilherme Berto Nascimento Fachinelli, que liderou o começo da força-tarefa e também foi o primeiro coordenador do Núcleo de Investigações Especiais, de crimes de roubos à residência.