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Definhado, morre Frederico Lepesteur, o “coronel de Arcanjo”

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Uma parte do crime organizado em Mato Grosso se foi nesta sexta-feira, data em que se comemorou a Independência do Brasil. Frederico Carlos Lepesteur, coronel aposentado da Polícia Militar, faleceu, definhado numa cama do Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, onde foi internado no dia 13 de agosto. O “coronel de Arcanjo” como ficou conhecido pela sua proximidade como o homem acusado de ser o chefe do crime organizado no Estado, estava lutando contra o câncer há mais de seis anos, era portador de diabetes e hipertensão arterial. Ao ser internado, sofreu duas paradas cardíacas horas após ter passado por uma sessão de quimioterapia. Passou vários dias respirando com ajuda de aparelhos.

Leperteur foi preso no dia 5 de dezembro de 2002, data em que foi deflagrada a Operação “Arca de Noé”, liderada pelo Ministério Público Federal, junto com vários membros supostamente integrantes da quadrilha de Arcanjo. Ficou preso até março de 2005. Nesse período, foi internado várias vezes por causa do estado de saúde. Lepesteur foi acusado de participação em homicídio, formação de quadrilha e contrabando de equipamentos eletrônicos (máquinas caça-níqueis). Antes da “queda”de Arcanjo, o militar aposentado posava de chefe da segurança do mafioso.

Dos crimes que era acusado, um era considerado emblemático: a suposta contratação dos pistoleiros que mataram Rivelino Brunini e Fause Rachid Jaudy, em junho de 2002. O assassinato aconteceu em plena luz do dia numa das ruas mais movimentadas de Cuiabá, na Avenida Rubens de Mendonça. Lepesteur, porém, sempre negou participação.

Por causa da doença, Lepesteur, aos 58 anos, teve o braço e o ombro esquerdos amputados durante uma cirurgia de mais de 10 horas em São Paulo. Natural do Rio de Janeiro, torcedor fanático do Fluminense e da Escola de Samba Salgueiro, teve o estado de saúde agravado nos últimos dias do ano passado. Desde então, o ex-oficial vivia uma profunda depressão. Na época, a família fez de tudo para esconder a operação, revelada com exclusividade por 24 Horas News, em reportagem assinada pelo jornalista José Ribamar Trindade.

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