A cúpula da Segurança Pública de Mato Grosso não se entende e não fala a mais língua em se tratando do referendo do próximo dia 23, quando os eleitores vão decidir se deve ou não continuar o comércio de armas e munição no Brasil. O coronel Leovaldo Sales, comandante-geral da Polícia Militar, por exemplo, admite problemas no setor e já disse que vai votar no “Não”. Já o secretário de Segurança Pública, Célio Wilson de Oliveira, revela: vai votar pelo “sim” ao fim do comércio de armas e munições.
Célio Wilson se dizradicalmente contra o uso e o comércio de armas de fogo no país. O secretário explica, entre outras coisas, que a meta do desarmamento tem um sentido totalmente diferenciado e consciente de tudo o que estão falando.
O secretário observou que o programa de desarmamento, sempre visou diminuir a violência, principalmente a doméstica, que são os crimes em bares, dentro de casa com acidentes com armas de fogo, crimes passionais e outros.
Célio diz que tem consciência, como a maioria do povo brasileiro tem, de que é muito difícil desarmar os bandidos, até porque, segundo ele, bandido não compra arma em loja, muito menos registra e tira porte de arma legalmente.
Lembra o secretário, que do total de mortes violentas com o uso de armas de fogo no Brasil, apenas 5% são de autoria de bandidos em assalto durante crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), ficando para trás um rastro de violência que atinge 95% dos brasileiros diariamente.
“Sou contra o uso e a venda de armas, juntamente porque sei que bandido não compra arma em loja. Sou contra também, porque a meta do governo brasileiro tem uma finalidade, trazer para muito baixo os crimes com a arma de fogo que atinge 95% da população, e que não são crimes praticados por bandidos. São crimes bárbaros, mais fúteis, banais, que podem ser evitados com a proibição e com o comércio de armas de fogo”, concluiu Célio Wilson.