O ex-soldado Jeanderson Xavier Rangel, 24, já condenado a 7 anos de prisão pelo crime de roubo a mão armada, se recusou a falar durante interrogatório conduzido pelo delegado João Bosco Ribeiro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, sobre os assassinatos da ex-esposa e o filho do casal, de 4 anos. Ele disse que só falará em juízo. "A frieza demonstrada por ele foi tão grande que eu perguntei se ele era inocente e como resposta ele me disse que só falaria em juízo. Qual a pessoa que não alega inocência diante de uma acusação sem provas?", questiona o delegado.
Imediatamente após a tentativa de depoimento sem sucesso, o delegado representou pela prisão prevetiva de Jeanderson e espera que a decisão saia nas próximas horas, caso contrário, o suspeito terá que ser liberado. Isso porque, ele continua detido na DHPP sem mandado de prisão e só se apresetou após o período do flagrante e acompanhado de um advogado. Enquanto isso, Bosco tenta junto ao Judiciário sua prisão preventiva. Mesmo sem provas concretas contra Jeanderson, o delegado João Bosco aposta nos depoimentos de familiares das vítimas e também na frieza do acusado durante o interrogatório para tentar convencer a Justiça a decretar a preventiva do suspeito.
Para o delegado, com Jeanderson preso, outras testemunham devem tomar corajem e ajudam nas investigações. "Teve um rapaz que disse ter visto o acusado saindo em sua motocicleta da casa da vítima por volta das 8h30 no dia do crime. Mas ao ser ouvido, negou tudo e disse que não estaria em casa e não teria visto nada", explica Bosco. A arma usada no crime, uma pistola, ao que tudo indica calibre 380 também não foi localizada até o momento.
Até o momento, o delegado já ouviu 10 pessoas e espera ouvir novas testemunhas nos próximos dias, caso a Justiça decrete a prisão preventiva do suspeito. Questionado sobre a possibilidade do pedido ser negado, o delegado afirma que continuará buscando novas provas. "Agora depois de tentar ouvir ele [Jeanderson] eu não tenho dúvidas sobre a autoria do crime. Qual o pai que não aparece para ver o filho executado com um tiro na cabeça? e ao ser ouviso sequer alega inocência e afirma que só falará em juízo?, questiona Bosco.