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Cuiabá: PM`s envolvidos em morte de africano são inocentados em sindicância

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Se depender do parecer do processo disciplinar que apura a conduta dos policiais militares, de 24 anos, acusados da morte do estudante africano Toni Bernardo da Silva, 27, eles não serão expulsos da PM e nem sofrerão outro tipo de sanção. Isso porque a conclusão da investigação apontou que os policiais não cometeram crime militar e compete agora ao comandante-geral, coronel Osmar Lino Farias, analisar os processos e emitir a decisão final acatando ou discordando dos pareceres. Toni foi morto por espancamento em setembro de 2011, em Cuiabá.

Conforme o corregedor da PM, Jorge Catarino Morais Ribeiro, o entendimento da Corregedoria de que os policiais não cometeram crime militar é baseado em uma série de critérios técnicos e morais. Com tal decisão, eles dificilmente sofrerão sanções como prisão administrativa ou até mesmo detenção. Ribeiro explica que agora depende da decisão final do coronel Farias que deve sair em 7 dias. Caso Farias discorde dos pareceres emitidos pela Corregedoria, os policiais ainda correm o risco de serem expulsos da corporação.

Após o crime, os policiais foram afastados das ruas e passaram a exercer funções burocráticas dentro da Polícia Militar. O tempo de corporação dos policiais fez com que procedimentos diferentes fossem abertos. O que tem três anos de PM, passou pelo crivo do Conselho de Disciplina da corporação. O outro, que ingressou na corporação em 2011 e está em estágio probatório, foi alvo de uma sindicância de caráter demissionário.

Na esfera criminal os policiais juntamente com o consultor de vendas, de 27 anos, também envolvido na morte do estudante, foram denunciados por lesão corporal seguida de morte após a juíza da 3ª Vara Criminal de Cuiabá, Marcemila Mello Reis, ter se declarado impedida de julgar a morte do estudante.

O caso
Toni Bernardo da Silva foi espancado até a morte em uma lanchonete e pizzaria, no bairro Boa Esperança, nas proximidades da UFMT, no dia 22 de setembro. Ele se envolveu em uma confusão com o empresário, após pedir dinheiro. Durante a briga, os policiais ajudaram o empresário a deter Toni e iniciaram uma sessão de agressões. O estudante morreu no local. Os três foram presos em flagrante e indiciados por homicídio qualificado, mas a promotora os denunciou por lesão corporal seguida de morte. Atualmente, respondem ao processo em liberdade.

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