A Polícia Federal prendeu, esta manhã, dois advogados acusados pelos crimes de desvio de recursos de instituição financeira e lavagem de dinheiro. Além dos mandados de prisão, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos e também em um edifício, onde funcionam diversas empresas controladas por eles.
De acordo com informações da assessoria da PF, a investigação teve início em maio do ano passado, quando apurou-se que os investigados, já indiciados pela PF, em 2013, e denunciados, em uma ação penal, pelo crime de gestão fraudulenta de instituição financeira, desviaram mais de R$ 12 milhões.
Foi constatado que o ex-liquidante do Instituto de Previdência Complementar do extinto BEMAT contratou uma empresa, constituída em nome de seu sócio, em um escritório de advocacia, com o escopo de desviar recursos decorrentes de crédito que a instituição tinha com o governo do Estado, reconhecido judicialmente. O desvio foi executado mediante a estipulação de honorários em quase 60% do valor principal. Para ocultar a natureza ilícita da operação, os acusados se valeram de técnicas para a lavagem de dinheiro, como a assinatura de contrato de confidencialidade e uso de empresa “fantasma”, para o recebimento dos recursos.
A pena para o crime de desvio de recursos de instituição financeira é de dois a seis anos de reclusão e multa. Já para o crime de lavagem de dinheiro, a pena varia entre três e dez anos de reclusão e multa.