A acusada, de 42 anos, foi detida, hoje de manhã, ao tentar entrar na Penitenciária Central do Estado (PCE), no bairro Jardim Industriário 2, com drogas escondidas nas partes íntimas. O entorpecente só foi retirado no Pronto Socorro de Várzea Grande, após a mulher que estava sendo escoltada, passar por 4 unidades médicas na capital que se recusaram a retirar o material do corpo dela.
Segundo o diretor do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindpen), João Batista, a mulher faria uma visita a um detento e na entrevista antes de entrar no presídio admitiu estar com a droga dentro do corpo. A visitante foi conduzida até a Unidade de Pronto Atendimento do bairro Pedra 90, onde fez o raio-x que constatou o material nas partes íntimas. No entanto, ao pedir a retirada da droga a unidade se recusou a fazer tal procedimento. Os agentes penitenciários foram também no Instituto Médico Legal (IML), na Delegacia Repressão a Entorpecentes (DRE) e no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá que se recusaram a retirar a droga. “A mulher estava com a droga no corpo, com o raio-x na mão, comprovando toda a situação, correndo risco e mesmo assim se recusaram a receber e ajudar a retirar a droga”, pontuou João.
A ocorrência foi registrada na Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) de Cuiabá. A suspeita será encaminhada para a audiência de custódia.
Outro lado
A diretora-geral do Pronto Socorro de Cuiabá, Zamara Brandão, disse que não teve conhecimento sobre o caso e informou que o Pronto Socorro não pode retirar objetos nestas situações porque, embora ele seja de urgência e emergência, sua especialidade é trauma, ortopedia entre outras, e não possui ginecologista.
Nesses casos, conforme ela, os locais capacitados para atender esse tipo de atendimento são os hospitais maternidades, que possuem tanto os profissionais, quanto os mecanismos adequados.