O pedreiro E.H.L., 33 anos, conhecido pela alcunha de "maníaco do telefone", foi novamente preso por policiais da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica). Ele, que é acusado de constranger e ameaçar adolescentes por telefone, foi localizado, ontem, no bairro Três Barras.
O maníaco era monitorado por tornozeleira eletrônica e foi autuado em flagrante pelo crime previsto do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que trata de “adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”, com pena de 1 a 4 anos de prisão e multa.
A prisão ocorreu quando investigadores entregavam intimação para o suspeito prestar interrogatório em um dos três inquéritos na unidade. No momento, o maníaco armazenava em um celular fotografias de duas jovens nuas, uma de 16 anos e outra de 20, para fins sexuais. Com ele, foram apreendidos dois celulares com fotografias de vítimas e quatro chips, que serão enviados à perícia.
Ao ser flagrado, o preso acabou confessando aos investigadores que continua armazenando imagens e constrangendo com ameaças meninas, para que elas tirem fotos nuas, em posições eróticas e sexual, e enviem a ele por celular.
O suspeito foi conduzido à Deddica e autuado em flagrante pelo delegado Eduardo Augusto de Paula Botelho. De acordo com o delegado, são pelo menos mais oito vítimas identificadas nos inquéritos em trâmite na Delegacia. "Levando em consideração a existência de processo judicial em andamento pela prática dos mesmos crimes, motivo pelo qual fora determinada a colocação de tornozeleira eletrônica, representei pela conversão do flagrante em prisão preventiva, diante da necessidade de manutenção da ordem publica, tendo em vista a contumácia do suspeito na prática dos delitos sob investigação".
O maníaco foi encaminhado ao Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC). Ele já responde por crimes de ameaça, constrangimento ilegal e crimes instituídos no Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca).
Em outubro de 2013, ele foi preso pela Polícia Judiciária Civil, durante a operação da Deddica, denominada "Ligações Perigosas", presidida pela delegada Alexandra Fachone. O suspeito dizia ser obreiro de uma igreja evangélica e também se apresentava como produtor musical para ter acesso as adolescentes por meio dos grupos de jovens. Na igreja, escolhia suas vítimas, mantinha contato via telefone, acompanhava a rotina delas e depois passava a fazer diversas ameaças de morte e constrangimentos.
Na época, a Polícia Civil identificou 25 vítimas com idades entre 12 e 17 anos, moradoras de Cuiabá e Várzea Grande, que eram obrigadas a produzir vídeos de nudez, praticando atos libidinosos nelas mesmas e depois enviar ao maníaco, sob ameaça de morte. Somente para uma vítima ele chegou a ligar compulsivamente 80 vezes em uma noite.