A hipótese de crime passional no caso registrado, a princípio como um latrocínio em Cuiabá nesta segunda-feira (24), onde um policial e uma funcionária de uma casa de câmbio foram mortos a tiros, nunca existiu. A afirmação é do delegado do caso, Walfrido Franklin do Nascimento, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “Não existe e nunca existiu essa hipótese de crime passional. Não sei de onde de saiu isso. Nunca admiti qualquer hipótese de crime passional, por isso nem estou descartando isso já que não fui eu que criei”.
No fato morreram Karina Fernandes Gomes, 19 anos, atendente na empresa de câmbio, e o policial militar Danilo César Fernandes Rodrigues, 27 anos, que estava dentro da loja no momento em que um homem armado invadiu o local e mediante a reação do policial, atirou. Houve revide, Karina foi alvejada na cabeça e morreu no local enquanto Danilo, baleado no tórax foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e morreu a caminho do Pronto Socorro de Cuiabá.
Apesar de o delegado não ter sequer aventado que o duplo homicídio pudesse ter alguma ligação com crime passional, surgiram boatos de que o atirador pudesse ser algum ex-namorado de Karina. Essa versão, tida pelo delegado como “absurda”, chegou a ser publicada em alguns veículos de comunicação. Mas Walfrido Franklin enfatiza que essa não é a linha de investigação para o caso.
O boato de crime passional, na verdade, surgiu nas redes sociais, por meio de mensagens compartilhadas por usuários do aplicativo WhatsApp e logo foi repassado a vários jornalistas. Dessa forma, a versão ganhou os noticiários.
A prioridade neste momento é identificar e localizar o atirador. Uma fotografia que estava no celular do atirador, que caiu dentro de um dos carros que ele roubou para fugir, foi divulgada nesta terça-feira (25). A DHPP quer identificar o assassino e efetuar a prisão.
Uma das linhas de investigação é que o acusado entrou no estabelecimento para roubar e ao dar de cara com dois policiais, atirou e fugiu em seguida. O policial que morreu também atirou, tanto que ainda não foi confirmado se o tiro que matou a jovem partiu da arma usada pelo bandido, ou do policial militar. Exames de balística vão apontar com precisão, a origem do projétil que matou Karina. A arma usada pelo bandido ainda não foi apreendida.