Alvo do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) por suspeita de fraude em licitação para serviços de passagens aéreas com valores acima de R$ 8 milhões, o empresário Alexssandro Neves Botelho já foi investigado pela Polícia Federal na operação Hygeia. Em abril de 2010, ela deflagrada para desarticular um esquema de desvios e fraudes em licitações e contratos na área da saúde. À época, ele foi apontado como o responsável pelos contatos com a Prefeitura de Timóteo (MG).
Alexssandro é dono empesa Sal Transportes e Turismo Ltda/WUE Táxi Aéreo Transporte e Turismo investigada pelo Gaeco na operação Overbooking, cujo objetivo é apurar fraude à licitação e seus respectivos pagamentos, referentes à contratação de empresa de prestação de serviços de transporte aéreo para diversas secretarias do Estado, em 2013 e 2014. O valor global ultrapassa o montante de R$ 8 milhões, segundo o Ministério Público Estadual.
Na operação Hygéia, a Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU) tinha como objetivo desarticular esquema de desvios e fraudes em licitações e contratos, com o cumprimento de 76 mandados de busca e apreensão e 35 mandados de prisão temporária, sendo que 17 contra servidores públicos. Os mandados de prisão foram cumpridos em Mato Grosso, Rondônia, Goiás e Distrito Federal.
No Estado, a PF cumpriu 26 mandados de prisão temporária e 59 de mandados de busca e apreensão, sendo que a maior parte das prisões ocorreu em Cuiabá, além de envolvidos nas cidades de Tangará da Serra, Santo Antônio do Leverger, Cáceres, Vila Bela de Santíssima Trindade e Sinop. O esquema envolvia contratos envolvendo a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em Mato Grosso, a execução de obras que deveriam ser feitas por empresas de engenharia contratadas por prefeituras do Estado e também Organizações não-governamentais (Ongs) que eram contratadas sem licitação para prestar serviços diversos por valores superfaturados.
Na época, também foi investigado o irmão Salomão Neves Botelho, que é irmão de Alexssandro. Segundo a PF, Salomão era marido de Milena Bueno, funcionária do Idheas e sócio de empresa que alugava carros para o Idheas, sendo apontado, juntamente com Alexssandro, como os responsáveis por fazerem contato com agentes públicos da cidade de Timóteo. Naquela ocasião, a PF informou que os investigados seriam indiciados por formação de quadrilha, estelionato, fraude em licitações, apropriação indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, prevaricação, dentre outros.