As 20 pessoas apontadas como “laranjas” em um esquema de desvio de dinheiro público nas Secretarias de Cultura do Estado e de Cuiabá foram colocadas em liberdade. A Polícia Civil decidiu por manter presos na Delegacia Fazendária (Defaz) apenas o conselheiro Alceu Marcian Cazarin e sua esposa, Elaine Cristina da Silva Naves. Ambos são acusados, pela polícia, de chefiar o esquema de desvio.
Ao MidiaNews, o delegado Gianmarco Paccola disse que as pessoas que foram liberadas não oferecem risco para a comunidade e se comprometeram a ajudar a polícia na sequência da operação. “Por estarem colaborando, contando detalhes de como o esquema funcionava, eles ganharam a liberdade, mas ficarão à disposição da polícia”.
Entre os “laranjas” estão empregadas domésticas, militares do Exército Brasileiro, personal training, zeladores e frentistas. “Eles emprestavam os nomes e as contas e o conselheiro depositava o dinheiro do projeto nessa conta, deixando apenas 2% ou 3% para os ‘laranjas’. O restante do dinheiro era desviado e os projetos nunca saíram do papel”, disse o delegado.
O grupo é acusado de ter desviado R$ 1,5 milhão, de um montante de R$ 5,3 milhões, que foram investidos no segmento pelas secretarias de Cultura de Cuiabá (R$ 1,3 milhão) e do Estado (R$ 4 milhões). As prisões foram realizadas em Rondonópolis (uma), São José dos Quatro Marcos (uma) e em Cuiabá (16).
Ao todo, foram expedidos 25 mandados de prisão. Cinco pessoas ainda estão foragidas e são procuradas.