Serão ouvidos, hoje, quatro dos cinco suspeitos de participação na morte da empresária Ângela Peixoto. A expectativa fica por conta do depoimento de Damião Francisco de Rezende, 33 anos, marido da vítima e apontado como mandante do crime. No Fórum de Cuiabá, ele terá a oportunidade de dar sua versão para o caso, na continuação da audiência de instrução do processo.
Durante a primeira etapa da audiência, em que 13 testemunhas foram ouvidas, os familiares de Ângela destacaram que Damião é uma pessoa fria, que premeditou a morte da esposa e que teria, inclusive, dopado Ângela e a filha do casal. Ele também é acusado pelos dois homens que confessaram terem desferido 24 facadas, um de 22 anos e outro de 20 anos. O crime ocorreu na noite do dia 15 de novembro do ano passado, na residência do casal.
O caso – Damião Francisco de Rezende ofereceu R$ 3 mil aos homicidas para que forjassem um roubo à residência da família e assassinassem a mulher. Pelo acordo, além do dinheiro, os criminosos poderiam levar todos os objetos de valor da casa, bem como a caminhonete da vítima. O esquema foi descoberto pela Polícia após a prisão dos jovens de 20 e 22 anos, em Mato Grosso do Sul. Eles foram pegos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na cidade de Miranda, com a caminhonete S-10 preta, levada no roubo, e confessaram o crime.
Damião foi preso após o sepultamento da mulher, no cemitério Parque Bom Jesus, por volta das 22h. Em depoimento, ele negou ter mandado matar a esposa e, segundo o delegado Anderson da Cruz Veiga, da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, manteve a versão de latrocínio (roubo seguido de morte).