Seis casos em média são registrados toda a semana na delegacia da Polícia Civil, segundo o delegado Ugo Ângelo Reck, que responde pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). Com a falta de uma delegacia especializada no município, este tipo de ocorrência é tratada como estelionato ou fraude.
Sem meios tecnológicos, as denúncias são averiguadas pelos investigadores com base nas informações relatadas pelas vítimas. Todavia, nem sempre se descobre quem são os criminosos e nem de onde são. O crime mais comum é o da vítima receber uma ligação do estelionatário se passando por um familiar próximo e pedindo dinheiro. Geralmente é utilizada a desculpa de um veículo danificado. Outra artimanha é dizer que a vítima ganhou algum prêmio em dinheiro e pedir para depositar alguma quantia antes para receber a suposta premiação.
O delegado explica que, no ano passado, conseguiu investigar e prender dois suspeitos de aplicar este tipo de golpe na cidade. Isso foi possível porque a polícia conseguiu identificar a conta bancária de um dos envolvidos. “Estava em Cuiabá e uma vítima do golpe por telefone me procurou. Posteriormente iniciei as investigações e descobri que os criminosos eram de Sinop. Depois que consegui a conta e os dados deles [golpistas], representei pelas suas prisões”.
Ugo diz ainda que não é fácil chegar aos envolvidos e outros suspeitos dos crimes, pois geralmente eles agem de dentro dos presídios e de outros estados. “O correto é ver antes de atender, se a ligação é do estado onde a pessoa reside. Ver o DDD da localidade. Nunca responder a perguntas duvidosas e nem dar informações pessoais. Ninguém dá dinheiro para ninguém. Se não participa de nenhuma promoção, desconfie”.