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Corregedoria denuncia outros 5 policiais civis por concussão e tráfico

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Outros 5 policiais civis foram denunciados pelos crimes de concussão (extorsão praticada por agente público) e tráfico de entorpecente, no mesmo inquérito decorrente da prisão do investigador Edivaldo Santos Moraes, 37, o “Montanha”, flagrado utilizando um veículo da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para a prática de crimes na dia 4 de maio. Ele foi autuado recebendo R$ 3 mil de uma vítima e transportando 14,5 quilos de maconha no bagageiro do automóvel. Os outros policiais indiciados em inquérito realizado pela Corregedoria da Polícia Judiciária Civil são Manoelito Delfino César, Hairton Borges Júnior, Paulo da Silva Brito, Cláudio Roberto da Costa e Edson Martins da Silva. O inquérito foi encaminhado no dia 12 de maio à 9º Vara Especializada em Delitos de Tóxico de Cuiabá.

A reportagem de A Gazeta tentou manter contato com o delegado corregedor Gilmar Carneiro na manhã de ontem, que não atendeu as ligações. Mas, segundo a assessoria da Polícia Civil, será publicada esta semana uma portaria, no Diário Oficial, com a designação da comissão que irá instaurar o procedimento administrativo que poderá resultar inclusive na expulsão dos policiais. As investigações podem se estender por até 4 meses e se a comissão entender que eles devem ser afastados das funções até a conclusão dos trabalhos, isto poderá ocorrer. Do grupo, alguns ainda atuam na DHPP e outros já foram transferidos para outras delegacias da Grande Cuiabá.

A prisão de Edivaldo foi feita pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), que realizou as investigações que já apontava para a existência de uma organização criminosa dentro da corporação. A suspeita aumentou com a apreensão de drogas com o acusado, que inicialmente era investigado por extorsão.

Como tinha acesso ao Infoseg (uma rede virtual que integra os 27 Estados brasileiros e dá acesso a diferentes bancos de dados criminais e de Justiça), restrito a agentes de segurança pública, o investigador conseguia nomes de pessoas com mandado de prisão em aberto. Localizava as vítimas e, com base em ameaças, conseguia o dinheiro.

Os valores cobrados variavam de R$ 10 mil a R$ 20 mil. Ele encontrava a pessoa e informava que tinha o mandado de prisão contra a mesma e que ela seria presa. Para isso não acontecer ela tinha que arrumar o dinheiro. A denúncia foi feita por uma mulher que tinha uma mandado de prisão em aberto por crime de tráfico de drogas e foi procurada pela acusado.

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