Vinte e sete processos estão em fase de solução na Corregedoria da Polícia Militar e outros 13 inquéritos devem ser abertos para apurar a conduta dos oficiais. o Coronel Joelson Sampaio disse que a conclusão nem sempre é pela expulsão do policial, uma vez que o interesse é pela punição considerada justa.
"O processo é aberto em caráter demissório, mas não quer dizer que terminará com a exoneração. Se depois de os trabalhos concluídos, houver o entendimento de que a culpa não é tão grave, o policial vai responder à medida do ato que cometeu".
Em 2011 foram instauradas 172 sindicâncias, que resultaram em 59 acusatórias. Sampaio destaca que a sindicância é realizada para apurar se as denúncias que chegam à Corregedoria têm fundamento. Encontrando indício de envolvimento do policial com algum tipo de delito, é instaurado esse tipo de procedimento, que culmina com algum tipo de punição.
Os dados da Corregedoria da Polícia Militar apontam ainda que no ano passado foram realizados três conselhos de justificação (processo para demissão de oficiais), 37 de disciplina (punir praças), 9 sindicâncias demissórias (para exonerar policiais em fase de estágio probatório), além de 97 Inquéritos Policiais Militares (IPM).
Sampaio comenta que nem toda denúncia que chega à PM contra a conduta de policiais militares é verídica, daí a importância de realizar o trabalho de investigação.
Comenta ainda que é de interesse da corporação eliminar os policiais que cometem delitos e conta com apoio da população nas denúncias, que podem ser feitas diretamente na Corregedoria da Polícia.
"O policial militar tem obrigação de ser referência positiva na sociedade que serve, no bairro que mora ou em qualquer lugar que frequente. Caso contrário, estará desvirtuando do que a sociedade espera dele".