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Corpo de jovem torturado e executado a tiros é localizado após 23 dias em Sorriso

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Só Notícias/Herbert de Souza e Lucas Torres, de Sorriso (foto: assessoria)

O corpo de um jovem torturado e executado a tiros, no dia 21 de janeiro, foi localizado, hoje, em Sorriso. A vítima foi baleada e jogada no rio Teles Pires, na região do Salto Magessi, no distrito de Boa Esperança do Norte. O crime foi presenciado por um amigo da vítima, que conseguiu se salvar ao pular no rio e ser levado pela correnteza. 

Uma fonte da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) confirmou a localização do corpo. Segundo essa fonte, o cadáver foi encontrado, por um pescador, às margens do Teles Pires. O corpo em avançado estado de decomposição estava próximo de algumas árvores, ainda no distrito de Boa Esperança do Norte. 

Logo após o crime, o Corpo de Bombeiros chegou a deslocar uma equipe para iniciar buscas. Porém, a vítima não havia sido encontrada. O jovem que conseguiu se salvar procurou ajuda no destacamento de Polícia Militar, onde relatou o crime. A versão é que saiu com seu amigo para encontrar uma mulher e, ao chegar em um local escuro, foram abordados por três homens, imobilizados, amordaçados e levados até uma residência. Lá, foram agredidos e ameaçados. Os criminosos passavam a faca em suas orelhas e dedos falando que iriam arrancá-las.

Ainda segundo o jovem, os criminosos perguntaram se eles eram de alguma facção enquanto desferiam chutes nas costelas e no rosto. No dia seguinte, eles foram levados vendados e amordaçados para o Salto Magessi. Um dos jovens foi colocado de joelhos e, em seguida, executado.

O que alega ter sobrevivido contou que viu, por baixo da venda que estava em seus olhos, enquanto um suspeito segurava seu amigo e o outro disparou. Posteriormente, os criminosos pegaram o outro jovem e levaram no mesmo lugar onde executaram o primeiro. Porém, ao chegar perto da margem ele diz que se jogou no rio e foi levado pela correnteza. Ele conseguiu se desamarrar e buscar socorro.

O jovem procurou a polícia e disse que postou um vídeo nas redes sociais de apologia a uma facção criminosa. Uma mulher teria visualizado e perguntado se ele era integrante. Ele respondeu que não. Os policiais foram até a residência da mulher e ela confessou que encaminhou o vídeo para o integrante de uma organização rival. Os militares fizeram buscas, mas não localizaram o suspeito.

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