Depois de 26h30 de julgamento, iniciado ontem de manhã, o Tribunal do Júri composto por moradores da Comarca de Cáceres condenou hoje os envolvidos na morte de um policial militar, na tentativa de homicídio contra um agente prisional da cadeia e na tentativa de facilitação de fuga de pessoa presa, crimes ocorridos em 1º de agosto de 2008 durante tentativa de resgate de duas detentas. A sentença foi proferida pela juíza da Primeira Vara Criminal da comarca, Graciene Pauline Mazeto Correa da Costa.
O Conselho de Sentença, em reunião na sala secreta, através de votação sigilosa, por maioria, admitiu a autoria e materialidade do crime de homicídio simples com relação ao acusado Alfredo Wagner de Moraes, absolvendo-o com relação aos crimes de tentativa de homicídio qualificado e tentativa de facilitação de fuga de pessoa presa.
No tocante ao acusado Ailton Moreira dos Santos, o Conselho de Sentença, por maioria, admitiu a autoria e materialidade do crime de tentativa de facilitação de fuga de pessoa presa, absolvendo-o com relação aos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado.
Já Vandair Boone Wagner, o Conselho de Sentença, também por maioria, admitiu a autoria e materialidade do crime de tentativa de facilitação de fuga, absolvendo-o com relação aos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado.
Por fim, o Conselho de Sentença, por maioria de votos, absolveu as acusadas Vanda Boone Wagner e Lucia Angela da Silva.
Caso – O grupo de cinco pessoas tentou resgatar duas reeducandas da Cadeia Pública Feminina do município, em 1º de agosto de 2008 (Processo – cód. 80283). Ailton Moreira Santos, Alfredo Wagner de Moraes, Vandair Boone Wagner, Vanda Boone Wagner e Lúcia Ângela da Silva foram acusados de participação na tentativa de resgate da detenta Lúcia Ângela do Amaral e da companheira de cela dela.
Três agentes prisionais foram rendidos durante a tentativa de resgate. Policiais militares perceberam a movimentação e foram recebidos a bala. Marcos Antônio foi atingido, um dos agentes prisionais chegou a estar na mira do revólver, mas a arma falhou e ele conseguiu fugir. Os acusados mantiveram alguns reféns dentro da cadeia e, após horas de negociações, se entregaram à Justiça.