O comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Adriano Nerci Denardi, já determinou que a corregedoria da corporação investigue a confusão envolvendo policiais militares e acadêmicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), ontem à tarde, em Cuiabá. Em entrevista a uma emissora de televisão da capital, o comandante disse que a postura dos policiais já está sendo analisada. “Tudo vai ser apurado e se ficar comprovado o desvio de conduta, serei o primeiro a informar a população sobre as medidas que serão adotadas”.
Durante o programa, Denardi viu uma gravação realizada por um estudante sobre a atuação dos policiais. “São cenas fortes. Nós não compactuamos com este tipo de atitude. Não é orientação do comando. A postura adotada pela Polícia Militar tem que ser outra”, ressaltou.
Denardi ressaltou que o fato será apurado. “Estarei à frente da PM nos momentos bons e ruins. Espero que a população não diminua o conceito da Polícia Militar por causa de uma ocorrência. O fato será apurado e os responsáveis serão punidos”.
O senador Pedro Taques (PDT) utilizou a tribuna do Senado Federal, esta tarde, para criticar a violência empregada pela PM na repressão aos estudantes. “Quem errou deve ser responsabilizado. E o governo de Mato Grosso deve dar uma resposta à sociedade”, disse.
Conforme Só Notícias já informou, seis acadêmicos foram presos e dez ficaram feridos na confusão, após uma manifestação nas proximidades da avenida Fernando Côrrea da Costa. Vários disparos de com balas de borrachas foram feitos pelos policiais da Rotam. Na delegacia aconteceu mais confusão e dois advogados acabaram presos. A Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso (OAB-MT) repudiou o excesso dos policiais e a postura na condução do caso.
O manifesto era contra o fechamento de cinco Casas de Estudantes Universitários (CEUs).