O Corregedor Nacional de Justiça, Gilson Dipp, designou um juiz auxiliar para investigar as denúncias no presídio Ferrugem, em Sinop, que sete adolescentes estão sendo mantidos presos no mesmo local onde estão cerca de 530 detentos, condenados ou aguardando julgamentos por assassinatos, tráfico de drogas e outros crimes. O caso ganhou repercusão nacional, esta noite, ao ser noticiado no Jornal Nacional, da Globo. Os menores estão Ferrugem há cerca de um ano por determinação da justiça de Sinop. O conselheiro tutelar Silvio Filgueiras aponta que a permanência deles no presídio fere o Estatuto da Criança e do Adolescente. Não foi confirmado quais crimes os adolescentes são acusados.
O secretário de Segurança, Diogenes Curado, explicou que, nas cadeias em Mato Grosso, há um anexo onde os menores ficam em caráter provisório para cumprirem medida sócio-educativa.
O presidente da OAB, Francisco Faiad, criticou a decisão de manter os menores no presídio e classificando-a de “completa imoralidade, afrontando princípios de recuperar essas crianças e adolescentes”.