quarta-feira, 2/julho/2025
PUBLICIDADE

Campanha do desarmamento apresenta bons resultados em Alta Floresta

PUBLICIDADE

Com a meta de interiorizar e intensificar as ações da Campanha Estadual de Desarmamento, a mobilização no Interior de Mato Grosso segue com a formação de sub-comitês para articulação e mobilização da sociedade.

No Município de Alta Floresta, os objetivos de interiorização da campanha foram apresentados, no final da semana passada, a dirigentes municipais e representantes da sociedade civil, que se encarregarão da montagem do cronograma de ações a serem desenvolvidas com a sociedade, em especial, nas escolas, com a intenção de atingir o público estudantil, como explicou o coordenador de Polícia Comunitária da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, major Wilson Batista. “Atingindo crianças e adolescentes, conseguimos chegar aos pais e sensibilizá-los quanto à importância da formação de uma cultura de paz, que começa dentro da própria casa”, afirmou o oficial.

No Município, a campanha será coordenada pelo comandante de Policiamento de Área, tenente-coronel Cilson de Oliveira, estendendo as ações até Peixoto de Azevedo (691 km ao Norte). A exemplo de Alta Floresta, já foram formados sub-comitês em outras duas cidades-pólo – Rondonópolis e Cáceres -, além de Pontes e Lacerda, restando ainda as cidades de Tangará da Serra e Barra do Garças. Em todos os Municípios, os sub-comitês conduzirão as ações conforme a realidade local e contarão também com um “Dia D” de Mobilização, quando serão desenvolvidas ações educativas e recreativas, com participação dos parceiros da campanha.

“A campanha integrada com envolvimento das Polícias Civil, Militar e Federal e a sociedade estava ocorrendo apenas na Capital e resolvemos estendê-la ao Interior, onde, mesmo contando com pontos de arrecadação, não tem um trabalho de conscientização efetivo e a interiorização massiva da campanha”, afirmou o secretário-chefe da Casa Militar, coronel Orestes de Oliveira, que também coordena a campanha.

RECOLHIMENTO DE ARMAS – Com a prorrogação da entrega voluntária de armas pelo Governo Federal, até o dia 23 de junho deste ano, o cidadão pode devolver uma arma sem sofrer qualquer penalidade. Em quatro meses de adesão à campanha, a Polícia Federal, que coordena o recebimento e destruição das armas, já recolheu em Mato Grosso, nos postos da PM, Polícias Civil e Federal, mais de 3.488 armas. Com a interiorização da campanha, a expectativa da organização é dobrar a quantidade já recebida. Após 23 de junho, o porte da arma não legalizado será crime inafiançável, com pena de reclusão de até quatro anos.

“Sabemos que o uso da arma potencializa ainda mais a prática de crimes e não oferece segurança ao cidadão. Estamos, durante a campanha, buscando mostrar situações que comprovam os fatos, com depoimentos de vítimas. Por isso, estamos contando com o envolvimento de todos os segmentos da sociedade para repetirmos, como em Cuiabá, o mesmo trabalho de conscientização”, disse o coronel Oliveira.

O cidadão proprietário de arma de fogo que deseja se desfazer dela deve antes solicitar uma guia de transporte em uma unidade das Polícias Civil, Militar ou Federal. O documento é a garantia de circulação com o equipamento sem riscos. No Interior, as armas podem ser entregues nos batalhões da PM, Delegacias das Polícias Civil ou Federal e também nos postos da Polícia Rodoviária Federal.

No dia 30 deste mês, a Polícia Federal irá realizar a destruição do primeiro lote das armas recolhidas.

MOBILIZAÇÃO – Para a mobilização e articulação das ações da Campanha de Desarmamento, o Governo do Estado está participando ativamente com o envolvimento de diversas Secretarias de Estado. “A mobilização começou dentro do próprio Governo, com a realização de trabalhos educativos, de cidadania, de divulgação, enfim, um engajamento de todos os interessados em participar dessa importante campanha”, destacou o secretário Oliveira, ressaltando ainda a importância de mostrar à população que a campanha não é a solução para a redução dos índices de criminalidade, mas uma estratégia de prevenção. “Estamos conscientizando a sociedade para ações preventivas e também buscando desmistificar a questão de que a Polícia está desarmando o cidadão de bem. Ao contrário, pessoas não preparadas tornam-se vulneráveis ao usar armas, estendendo o perigo a familiares, conforme demonstram as estatísticas”, observou.

Antes de o cidadão entregar uma arma, deve, primeiramente, dirigir-se a um posto da Polícia Federal, unidades da PM ou delegacias, para solicitar o formulário de autorização para o transporte da arma ou munição.

Uma estatística, demonstrada por meio de um estudo realizado pelo Movimento Viva Rio e Instituto de Estudos da Religião, comprovou que o Brasil é o País com maior número de vítimas de armas de fogo no mundo. De acordo com o relatório, no Brasil, 38 mil pessoas são vítimas desse tipo de arma por ano.

Durante dois anos pesquisando em todo o País o número de armas legais e ilegais, os pesquisadores concluíram que, das 17,3 milhões de armas de fogo no existentes hoje no País, cerca de 1,8 milhão pertencem às Polícias e às Forças Armadas. O restante está com a população – 15,5 milhões. Desse número, a maioria – 8, 7 milhões – é de armas não registradas.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Ladrão é preso por três furtos a residência de idoso em 15 dias no Mato Grosso

Foi preso por policiais civis da Delegacia Especializada de...

Preso em Nova Mutum foragido por homicídio em Sinop

Policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) de...

Preso em Nova Mutum procurado por estupro de vulnerável

Policiais civis da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos...
PUBLICIDADE