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Após 22 anos, homem é condenado por homicídio no Estado

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Após 22 anos, Alan Kardek Rodrigues Sanches, 48 anos, foi condenado a 15 anos de reclusão pela prática de homicídio duplamente qualificado praticado por motivo fútil com a utilização de recursos que impossibilitou a defesa da vítima. O julgamento aconteceu, ontem, em Tangará da Serra, com a atuação dos promotores de Justiça Renee do O Souza e Mauro Poderoso de Souza. O júri durou aproximadamente 12 horas. O réu já foi encaminhado para o presídio.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu no dia 06 de outubro de 1988 nas dependências de um clube do município. A vítima, Renata Lorena Belfiori, estava grávida de quatro meses e era noiva do denunciado. Consta nos autos, que a jovem quis desfazer o noivado e o réu, de modo repentino e inesperado, disparou sucessivos tiros contra a vítima. A arma utilizada no crime foi um revólver marca taurus, calibre 38.

Conforme o MPE, após cometer o homicídio, o réu fugiu do local e se apresentou à autoridade policial no dia 10 de outubro. Interrogado, ele confessou o crime e, alguns dias depois, teve a sua prisão preventiva decretada, porém não chegou a ser preso, pois saiu da cidade. Citado por edital, em 1989 o réu se apresentou em juízo, foi interrogado e acabou tendo a prisão preventiva revogada.

Na ocasião, o Ministério Público recorreu da decisão da magistrada e em novembro de 1989 o Tribunal de Justiça cassou o despacho revogatório da prisão de Alan Kardec. O mandado de prisão preventiva foi novamente expedido, porém somente pode ser cumprido nesta quinta-feira (24), durante a sessão do júri. Até então, o réu estava foragido.

Além do homicídio duplamente qualificado, o MPE também requereu a condenação pela prática de aborto, pois a vítima estava grávida. O pedido foi aceito e o réu foi condenado a três anos pela prática do referido crime, mas devido ao lapso temporal, o juiz reconheceu em sua sentença que já havia ocorrido a prescrição.

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