O militante do PT, Amilton da Silva Amaral, pertencente a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma de Carlos Abicalil, foi escolhido relator do processo disciplinar que pede a expulsão por infidelidade partidária da senadora Serys Marly, da ex-deputada estadual Vera de Araújo, a Verinha, vereador por Cuiabá Lúdio Cabral e da militante Eroisa Mello. Todos são suspeitos de não pedir votos a candidatura de Abicalil ao Senado, o que originou o pedido de expulsão anteriormente aceito pela maior parte da executiva estadual. A partir de segunda-feira (28), quando ocorrer a notificação, será aberto o prazo de 10 dias para apresentação de defesa.
Há ainda a opção de arrolar testemunhas, o que pode abrir brecha para que o período do processo disciplinar seja ampliado. A expectativa é que a conclusão dos trabalhos seja feita em 60 dias com a possibilidade de prorrogação por mais um mês.
No sábado (26), a movimentação foi intensa no diretório estadual do PT por conta da reunião do Conselho de Ética feita para nortear os trabalhos. Ao final de pouco mais de 4 horas, o grupo de Serys sofreu a primeira derrota com a indicação de aliados de Abicalil para a condução dos trabalhos. Isso porque a militante Noemia Maria de Souza, do mesmo grupo de Abicalil, será auxiliar na condução dos trabalhos.
Apesar do aparente clima contrário a permanência de Serys e Lúdio, ambos lideranças do partido em Mato Grosso, o secretário geral do PT, Aparecido Mendonça, nega qualquer "caça às bruxas" e destaca que todo o trabalho será pautado pela legalidade. "Houve uma representação que foi aceita pela executiva estadual e deve ser respeitada. Agora, entendo que não haverá perseguição pessoal e o processo será conduzido obedecendo às normas legais como ampla defesa e contraditório".
Os candidatos derrotados a deputado estadual, José Lemos Neto, o Juca Lemos e Juci Maria, a Juci da Eletronorte, também deverão responder a processos disciplinares, mas os pedidos serão apreciados pelos diretórios de Rondonópolis e Cuiabá, respectivamente.